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quinta-feira, junho 23, 2011
Owsley in the sky with diamonds
Via e-mail, a leitora Alice Regina Marques, de Saquarema (RJ), diz que gostou muito do post “Os Cavaleiros do Apocalipse” e me envia a notícia abaixo publicada no jornal O Globo, no dia 14 de março último, segunda-feira, para que eu corrija o texto final sobre o farmacêutico Owsley Stanley:
Owsley Stanley, pioneiro do LSD nos anos 60, morre na Austrália
Canberra, Austrália - Owsley Stanley, um ícone da contracultura nos anos 60, que trabalhou com o Grateful Dead e era um prolífico produtor de LSD, morreu em um acidente de carro na Austrália, segundo informações de sua família. Ele tinha 76 anos.
Grateful Dead, Jimi Hendrix e Frank Zappa fizeram referências a Stanley e seus problemas com a lei em algumas de suas canções, destacando a sua influência especialmente no rock psicodélico.
Stanley produziu cerca de meio quilo de LSD puro, ou o equivalente a 5 milhões de “viagens” garantidas pela droga alucinógena, depois de se matricular em 1963 na Universidade de Berkeley, na Califórnia.
Ele teve envolvimento central na cena das drogas que sustentou o movimento hippie.
Stanley foi engenheiro de som do Grateful Dead e inspirou a imagem do urso dançarino usado no logotipo da banda.
Owsley Stanley e Jerry Garcia, líder do Grateful Dead
Sam Cutler, um amigo de Stanley desde 1970 quando tornou-se gerente de turnê da banda, o descreveu como “um homem maravilhoso e um grande professor”.
– Sua morte é uma perda dolorosa para a família e para dezenas de milhares de pessoas a partir dos anos 60 que foram influenciadas por seu trabalho com o Grateful Dead – disse Cutler.
Ele se mudou para a Austrália no início dos anos 80, quando se convenceu de que o hemisfério norte seria tomado por uma nova era glacial.
Era filho de um promotor e seu avô homônimo, Augustus Owsley Stanley, foi governador do Kentucky e senador dos EUA.
Stanley estava dirigindo um carro quando perdeu o controle, saiu da estrada e atingiu árvores perto da cidade de Mareeba, em Queensland, no sábado.
A esposa estava com ele, mas sofreu apenas ferimentos leves.
Ele nunca se arrependeu do papel pioneiro que teve na cultura das drogas na Califórnia.
“Owsley” chegou a se tornar uma gíria para LSD de qualidade.
Por seu envolvimento com drogas, ele passou dois anos na prisão no início dos anos 70.
– Acabei preso quando deveria ter sido recompensado – disse ao San Francisco Chronicle, numa rara entrevista à imprensa, em 2007. “O que eu fiz foi um serviço à comunidade”.
Em uma declaração oficial, a família descreveu Stanley como “o nosso amado patriarca”.
Ele deixa a esposa Sheila, quatro filhos, oito netos e dois bisnetos.
Nota do responsável pelo mocó:
Caríssima Alice Regina, os textos que estou postando nesta série sobre rock foram extraídos da 2ª edição de meu livro “Rock: a música que toca”, publicado em 2004.
Não tive saco para atualizar as pesquisas, que cobrem apenas os 50 anos do gênero (1954-2004).
Com raríssimas exceções – muitas vezes frutos de outros posts já publicados aqui – tenho falado sobre “que fim levou fulano”.
Estou colocando apenas o básico, já que existem milhares de sites bem melhores do que este mocó contando as referidas histórias das bandas com mais detalhes.
De qualquer forma, obrigado pelo envio da matéria e beijos recíprocos desse vosso escriba.
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