Oh! Cordeiro de véu que se atirai aos poecados do mundo não tende (auto) piedade de nós a sós
Urdir os nomes ao modo das urtigas,
Sentenciar o discurso premonitório
E o fuxico transeunte das formigas.
Assasignatos, bisruim, vitrine oral;
A fala é no s-alvo uma bala de fusil,
E costuma, no não-dito, ser fatal.
(ar)ruda, de exceção, puxa-saco e bruxa,
Põe fogo e vento na sintaxe da pinga,
Pois a palavra é fruto, casca e bucha.
E a malversação do escriba decepado;
É tempo de separar graspa do vinho,
Não de armar convites a falo escaldado.
Ou o léxico-fluvialvor das lavadeiras,
Que a falágua é o sentido do artifício
Das imagens que circulam pelas beiras.
E conspire a leréia como lobo no bosque,
Põe na roda a fantasia dos dementes
Pois o falário é mais que fazer trotsky.
Solo
Te exigisse ser cruel
Como se cru e em cena
Fosse só teu o papel
Visceral, pleno e hiena,
Único, claro, fel,
Culpado pela pena
A decifrar babel.
Como certo de nada
Dispensasse o poema
Toda euscrita-salada
De tuas loas e semas.
Te obrigasse a ruptura,
Surpreender a emoção,
Como a poesia pura
Te usasse de sabão.
Como o poema-box
Desse lição sem louro:
Toda idéia é xérox,
A mais nova, no soro.
Como, e como! O poema
Nem te fizesse existir
Redutor de refalenas
E utopias sem porvir,
Teorias que translustram
Teu espelho sem polir,
Que adjetivos não frustram,
Simplesmente, te excluir.
Como se cada poema
Pregasse não poetar,
Te recusasse a senha
De tua ilusão e cantar.
E te cortasse a língua
Mostrasse o dèja dito
Com rima rica e à míngua,
Pés de vinho ou malditos.
Como todo poema
A repetir ao povo:
Cada vez tua prenha
Torna mais choco o ovo.
Como canto sem ego
L’aschiate o vão do inferno,
Te afirmasse mais cego
Com teu veneno terno.
Como se ao próprio bem
Poeta fosse assassigno
Da fala e seus reféns,
E, em silêncio, mais digno.
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