Espaço destinado a fazer uma breve retrospectiva sobre a geração mimeográfo e seus poetas mais representativos, além de toques bem-humorados sobre música, quadrinhos, cinema, literatura, poesia e bobagens generalizadas
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sexta-feira, dezembro 23, 2011
Causos de Bambas: José Lewgoy
Abril de 1963. José Lewgoy estava em Roma, na boutique Battistone, na via Condotti, quando entra luminosa, esfuziante, Elizabeth Taylor, que na época fazia o maior sucesso na Itália, filmando “Cleópatra”.
Ela – a própria glória – pega tudo, examina tudo, compra tudo, não repara em ninguém, só enxerga a si mesma, refletida nos espelhos, nos olhares, nos desejos, nos desígnios.
Lá fora, ofuscadas, pessoas se juntam para vê-la, admirá-la e, se possível, garimpar-lhe um pé de galinha.
Negligenciado pela rainha e pela corte de vendedoras, José Lewgoy se retira do recinto.
Ao sair, topa com uma retardatária, nervosíssima, morta de curiosidade:
– Quem está aí? Quem está aí? – pergunta aflita.
– Elizabeth Taylor – responde o ator. “E José Lewgoy”.
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