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quarta-feira, abril 22, 2009

Aldeia do Choro faz shows em homenagem ao “Dia Nacional do Choro”


O Dia Nacional do Choro é comemorado em 23 de abril, em homenagem à data de nascimento de Pixinguinha, uma das figuras exponenciais da música popular brasileira, e em especial do choro. Eventos lembraram a data em várias cidades do Brasil: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, Juiz de Fora, Niterói, Santos, São João do Meriti, Uberaba, Uberlândia e São José dos Campos, para citar algumas.

Até no exterior, na França e no Japão, o Dia Nacional do Choro é comemorado. Com o intuito de comemorar esta data em nossa Cidade e Região, aproveitaremos a oportunidade para homenagear o também maestro, músico e compositor Jeremias Dutra, mais conhecido como “Jerê”, por suas inúmeras composições considerado em nossa cidade o “mestre do choro”, com mais de trezentas obras partituradas. O grupo Aldeia do Choro em parceria com o Governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus, preparou um repertorio bem refinado homenageando os melhores chorões da historia do nosso Pais.

O choro

O Choro, popularmente chamado de chorinho, é um gênero musical, uma música popular e instrumental brasileira, com mais de 130 anos de existência. Os conjuntos que o executam são chamados de regionais e os músicos, compositores ou instrumentistas, são chamados de chorões. Apesar do nome, o gênero é em geral de ritmo agitado e alegre, caracterizado pelo virtuosismo e improviso dos participantes, que precisam ter muito estudo e técnica, ou pleno domínio de seu instrumento. O choro é considerado a primeira música popular urbana típica do Brasil e difícil de ser executado.

O conjunto regional é geralmente formado por um ou mais instrumentos de solo, como flauta, bandolim e cavaquinho, que executam a melodia, o cavaquinho faz o centro do ritmo e um ou mais violões e o violão de 7 cordas formam a base do conjunto, além do pandeiro como marcador de ritmo.

O Choro surgiu provavelmente em meados de 1870, no Rio de Janeiro, e nesse início era considerado apenas uma forma abrasileirada dos músicos da época tocarem os ritmos estrangeiros, que eram populares naquele tempo, como os europeus xote, valsa e principalmente polca, além dos africanos como o lundu.

O flautista Joaquim Calado é considerado um dos criadores do Choro, ou pelo menos um dos principais colaboradores para a fixação do gênero, quando incorporou ao solo de flauta, dois violões e um cavaquinho, que improvisavam livremente em torno da melodia, uma característica do Choro moderno, que recebeu forte influência dos ritmos que no início eram somente interpretados, demorando algumas décadas para ser considerado um gênero musical.

Pixinguinha

Alfredo da Rocha Vianna Júnior (Pixinguinha) nasceu em 23 de abril de 1887. Cedo dedicou-se à música e deixou um legado de inúmeros clássicos, arranjos e interpretações magistrais, como flautista e saxofonista. Carinhoso, Lamento, Rosa, 1 x 0, Ainda Me Recordo, Proezas de Solon, Naquele Tempo, Vou Vivendo, Abraçando Jacaré, Os Oito Batutas, Sofres Porque Queres, Fala Baixinho e Ingênuo estão entre algumas de suas principais composições.

O apelido Pixinguinha veio da união de pizindim – menino bom – como sua avó o chamava, e bexiguento, por ter contraído a varíola, que lhe marcou o semblante. Mário de Andrade registrou a presença do mestre na cena carioca, criando em seu livro “Macunaíma”, um personagem: “um negrão filho de Ogum, bexiguento e fadista de profissão” (Andrade, 1988).

A passagem se dá quando o “herói sem nenhum caráter” freqüenta uma “macumba” em casa de tia Ciata. A caracterização de Mário de Andrade ficou difundida com a biografia de Pixinguinha elaborada por Marilia T. Barboza da Silva e Arthur L. de Oliveira Filho: “Filho de Ogum Bexiguento”.

O grupo

O Aldeia do Choro é um grupo musical baseado no ritmo genuinamente brasileiro do Chorinho à Bossa Nova, como forma de manifestação musical e artística. Tem como objetivo valorizar, difundir e popularizar o choro em todos os espaços culturais disponíveis, buscando como resultado o interesse pela música erudita e pela cultura nacional através deste estilo musical que deu origem a tantos outros.

O grupo foi formado há dois anos, tendo neste curto período participado de diversos espetáculos promovidos pelo governo e Prefeitura na nossa cidade, dentre eles Teatro Amazonas, Teatro Chaminé, Centro Cultural Palácio Rio Negro, Fundação Villa Lobos e Mercado Cultural. O regional também fez diversas temporadas em casas de shows como Açaí & Cia., Toc-Toc delicias, Coco Mania e entre outros.

O Aldeia do Choro lançou seu primeiro CD, “Caroço de Tucumã”, no inicio de 2006, somente com músicas inéditas, compostas pelos próprios integrantes do grupo com diversas participações especiais. Fazem parte também do repertório os chorinhos dos grandes mestres Pixinguinha, Waldir Azevedo, Jacob do bandolim, Ernesto Nazareth e no Jazz Baden Powell, Gonzaguinha, Ton Jobim e Chico Buarque de Olanda outros,

Apesar de já existir há mais de um século e de já ter ocupado seu espaço na cultura brasileira, o choro, assim como o jazz, através do grupo Aldeia do Choro, está aos poucos conquistando seu merecido espaço na mídia e na cultura amazonense. “Nós queremos dar nossa contribuição desse espaço e ganhar o reconhecimento popular em Manaus e em todo o estado do Amazonas”, diz Marcell Mota.

Fazem parte do Aldeia do Choro os seguintes músicos:

Marcell Mota (Cavaquinho), Hugo (Violão de 6 cordas), Maestro Jerê (Violão de 7 cordas), Edu Bradizzi (Sax e Clarineta), Timóteo (Flauta e Flautim), Lís (Voz e Pandeiro de couro) e Wan Lima (Percussão e Efeitos).

Data dos Shows

Dia 23/04/09-Parque dos Bilhares 1, ao lado do Millenium Center

Dia 26/04/09-Palacete Provincial , antiga praça da Policia

Os espetáculos terão inicio às 19hs, tendo a duração de uma hora e meia. A entrada é franca.

Contato: 8114-8185-Marcell Mota

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