A marchinha “Índio quer apito” é uma das músicas mais tocadas
nas ruas do Brasil durante o carnaval. Segundo o cantor baiano Walter Levita,
numa visita a uma comunidade indígena na Ilha do Bananal, no início dos anos
60, a esposa do então presidente Juscelino Kubitschek, Sarah Kubitschek, havia
levado muitas bugigangas para agradar os índios.
Na hora em que ela tentava colocar um colar no pescoço do
chefe índio (que era bem mais alto do que ela), a primeira-dama soltou um
sonoro “pum”. Aí o chefe, inocentemente,
ou sacanamente, teria dito a famosa frase que passaria a circular no anedotário
carioca.
Em 1961 os dois excelentes compositores carnavalescos,
Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, aproveitando essa fofocaria do povo,
driblaram a censura lançando a maliciosa marchinha “Índio quer apito”:
Ê, ê, ê, ê, ê, índio quer apito / Se não der, pau vai comer!
/ Ê, ê, ê, ê, ê, índio quer apito / Se não der, pau vai comer! / Lá no bananal
mulher de branco / Levou pra índio colar esquisito / Índio viu presente mais
bonito: / “Eu não quer colar! Índio quer apito!” / Ê, ê, ê, ê, ê, índio quer
apito / Se não der, pau vai comer! / Ê, ê, ê, ê, ê, índio quer apito / Se não
der, pau vai comer!
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