Em menos de uma semana, dois grandes amigos atravessaram o
espelho. O advogado, professor universitário, jornalista e escritor amazonense
Paulo Figueiredo faleceu na madrugada do dia 9, sexta-feira, em São Paulo, após
passar por uma cirurgia no hospital Sírio Libanês.
Paulo Figueiredo foi articulista de diversos veículos de
imprensa no Amazonas, incluindo um período como colaborador do jornal A Crítica.
Sua última obra lançada foi “Náufragos da Esperança –
Corrupção e Incompetência na República Lulopetista”, na qual analisa, com olhar
crítico, os anos de governo do PT no Brasil.
Ele também escreveu “O Cesteiro Inglês” e o “O Golpe Militar
no Amazonas – Crônicas e Relatos”.
Além da carreira na comunicação e no Direito, ele também foi
secretário de Estado de Relações Internacionais no primeiro governo de
Amazonino Mendes.
O Governo do Estado publicou uma nota de pesar pelo falecimento
de Figueiredo, prestando “condolências aos familiares e amigos nesse momento de
perda”.
A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Amazonas
(OAB-AM), na qual Paulo Figueiredo era registrado com o número 547, também
manifestou pesar pela morte dele.
O velório foi realizado no sábado, após o corpo ser
encaminhado de São Paulo a Manaus.
Já o jornalista e poeta Jorge Tufic Alaúzo, autor da letra
do Hino do Amazonas, morreu nesta quarta-feira, 14, também em São Paulo. Ele
tinha 87 anos e lutava contra um câncer no pulmão.
Nascido em Sena Madureira (AC), em 1930, Tufic foi membro da
Academia Amazonense de Letras e publicou inúmeros livros.
Aos 12 anos de idade, o escritor se transferiu para Manaus,
onde realizou estudos secundários.
Mais tarde, militou na imprensa de Manaus e foi um dos
fundadores do Clube da Madrugada, tendo ocupado também a direção da Fundação
Cultural do Amazonas.
Em 1976, foi agraciado com o diploma “O Poeta do Ano”,
prêmio concedido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas, em
reconhecimento à sua vasta e intensa atividade literária.
Jorge Tufic era sócio-fundador da Academia Internacional
Pré-Andina de Letras, em Tabatinga (a 1.108 quilômetros a oeste de Manaus),
além de fazer parte do Conselho Estadual de Cultura.
O poeta acreano foi o vencedor do concurso nacional lançado,
em 1980, pelo então governador do Estado, Jorge Lindoso, para a escolha do hino
do Amazonas.
Desde 1969, Tufic ocupava a cadeira de nº 18 da Academia
Amazonense de Letras, que tem como patrono o poeta Jonas da Silva.
Dentre os livros publicados por Jorge Tufic estão “Varanda
de pássaros”, “Chão sem mácula”, “Retrato de Mãe” e “Quando as noites voavam”.
A ex-presidente da AAL, Rosa Brito, lamentou o ocorrido. “Sentimos muito, ele era uma pessoa muito competente e
querida. É mais um intelectual respeitado que se foi, ele era um excelente
poeta. A sociedade amazonense e brasileira perdeu um grande poeta”, disse ela.
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