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terça-feira, janeiro 18, 2011

Bacalhoada no bunker do Carlos Lacerda


No último sábado, o sindicalista Carlos Lacerda, Secretário para Assuntos Parlamentares da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), reuniu seus brothers & sisters para uma bacalhoada básica em celebração ao seu aniversário de 15 anos, cortesia da esposa Nádia e da filha Betinha.

Quer dizer, havia três pratos diferentes de bacalhau, mas a moçada resolveu dar mesmo de com força foi na tartarugada (o sarapatel estava superb), no carré de cordeiro, na picanha maturada, na cascata de camarão e no guizado de paca com arroz carreteiro.

Entre os convidados, havia dois destaques: o violonista Vivaldo, parceiro do Lacerda nas velhas serenatas que agitavam o bairro da Cachoeirinha nos anos 60, e Chico Souza, líder de uma das turmas mais sinistras do bairro.


Vivaldo está morando em Boa Vista (RR) há 20 anos e veio exclusivamente para fazer a parte sonora da fuzarca - e haja hits de Lupícinio Rodrigues, Agepê, Noite Ilustrada, Nelson Gonçalves, Evaldo Gouveia, Custódio Mesquita e outros bambas daquela época.

Ele havia trazido uma garrafa artesanal de cachaça produzida na sua própria fazenda para uma simples degustação, mas ela foi detonada em menos de meia hora.

Eu preferi ficar me revezando entre as cervejotas geladas e o escocês nas pedras.

Chico Souza (aka Chico Boca Larga) continua morando na Cachoeirinha e, nesse meio tempo, se transformou em um cozinheiro de mão cheia - a tartarugagada foi feita por ele, com muito zelo e competência - e em um senhor partideiro.

No início dos anos 70, o carismático Chico era o comandante-em-chefe da Turma da Manicoré, que trazia entre seus membros Ivan Lins (aka Sapatão), James Santos (aka Jamaica), Ivaldo Barros (aka Frank Seixas), Ivan Gama (aka Ivan Cabasso), Afrânio (filho do ex-vereador Ruy Adriano, hoje pastor evangélico), Carlinhos (atual presidente do PRT), Miguelito, Valdron e Valdroné, entre outras feras. Todos sangue bom e meus amigos até hoje.


O estado maior da Força Sindical (Vicente Filizzola, Akel Antonio Akel, Washington, Geraldo, Assis, etc) também se fez presente na zoeira, que ainda contou com a presença do vereador Massami Miki e do jornalista Osmir Medeiros, entre outras presenças ilustres.

Os novos e hilariantes causos de folclore político contados pelo Vicente Filizzola e pelo Akel Antonio Akel dariam um livro. Vou começar a contá-los a partir da próxima semana.


Sobrinho do Carlos Lacerda, o guitarrista e professor de música Márcio deu uma força no acompanhamento de algumas canções cantadas pelo Vivaldo, mas refugou na hora de tocar Dire Straits, Santana, Pink Floyd e outros standards, alegando que não lembrava mais dos acordes...


Frequentador esporádico aqui do mocó, o gente fina Renato, primo do Lacerda, foi nosso companheiro de luta sindical nos anos 80 e a gente não se encontrava desde 2005, quando acidentalmente cruzei com ele em frente do Bumbódromo de Parintins, na 2ª noite do festival de bumbás.

Renato estava desolado porque queria assistir ao espetáculo, mas não havia nenhum cambista vendendo ingressos.

Como eu estava com uma credencial da imprensa, dei o mimo pra ele e fui encher a cara na área externa da arena em companhia do escritor Mouzar Benedito, do poeta Marco Gomes e de Mário Cândido Filho, presidente da Sociedade de Observadores de Saci (Sosaci).

Só voltei a revê-lo no sábado passado, durante o fuzuê que entrou pela madrugada.

Foi uma festa do arromba, como vocês podem conferir nos flagrantes abaixo:










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