Ela se amarra em desenhar naquele estilo que eu costumo chamar de “realismo mágico” porque acaba resultando em obras realmente impressionantes, quase mágicas.
Lembro que, em 1986, o poeta e artista plástico João Bosco Ladislau estava ciceroneando na cidade o artista plástico chinês Zhen Li Piao.
Não faço a menor idéia de como, onde e quando eles dois se conheceram já que, naquela época, Orkut, Facebook e outras redes sociais eram ficção científica.
O certo é que me encontrei casualmente com os dois na antiga Casa da Cultura, ali na Eduardo Ribeiro, e, depois da devida apresentação, ficamos papeando em um inglês macarrônico.
Lá pelas tantas, Lin Piao sacou um bloco de papel em branco do bolso da calça, puxou um lápis crayon do bolso do paletó, falou “look me, please!” e, em menos de cinco minutos, desenhou a minha fuselagem.
O desenho ficou tão perfeito que utilizei na contracapa do meu livro de poesia “Guarânia com Guaraná”, de 1989.
Não sei não, mas tenho pra mim que o chinesinho era tão bom quanto a Linda Huber.
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