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segunda-feira, maio 16, 2011

Aula 77 do Curso Intensivo de Rock: Death Metal


No início dos anos 80, o heavy metal era sinônimo de spandex, bandanas e demônios.

Um clipe do Iron Maiden tinha que ter cenário medieval, monstrinhos cavernosos e roupas efeminadas.

Antes da década se encerrar, entretanto, as vozes ficaram guturais, as letras escatológicas e as roupas negras e rasgadas insinuavam uma machesa irada.

De Venom a Deicide, do black ao death, o metal extremo passou a levar a sério o que representava.

A diferença entre black e death não estava no peso sonoro, mas na atitude.


Enquanto o pessoal do black apenas flertava visualmente com as hordas satânicas, o pessoal do death assumia o satanismo como uma profissão de fé.

Já o doom metal (“metal dos condenados”, porque procurava recriar o ambiente sombrio das masmorras e das celas solitárias) é um pouco mais complicado de descrever.

Em princípio, ele poderia ser utilizado para nomear as bandas que lançaram mão de um som sombrio, pesado, lento, melancólico, depressivo, fúnebre e lúgubre.

Mas essas não são justamente as principais características do black metal, cujo pai, o Black Sabbath, inaugurou uma sonoridade justamente assim?

Bem, de certo modo sim, mas, porém, todavia, contudo, atualmente, o que se chama de doom metal é uma espécie de subdivisão do death metal, ou seja, algo igualmente pesado e extremo, mas mais melancólico e com influências góticas.



Nomes sinistros como Trouble, Saint Vitus, Pentagram e o próprio Black Sabbath foram influências decisivas sobre essa nova sonoridade que atingiu seu ápice nos trabalhos do Paradise Lost, My Dying Bride e Anathema.

Todas essas bandas são oriundas do death metal, mas conceberam uma sonoridade nova quando deram uma freada no som, mantendo os vocais guturais, o peso e a pouca acessibilidade, mas acrescentando toques góticos, folclóricos e medievais à brutalidade sonora.

Mas voltemos ao death metal, que está para o black metal assim como o gangsta rap está para o hip hop.

Se Ozzy Osbourne mordia morcegos de plásticos, o pessoal do Morbid Angel bebia o próprio sangue e Glen Benton (líder do Deicide) traz uma cruz de ponta-cabeça marcada a ferro e fogo na própria testa.

A cidade de Tampa, na Flórida, se transformou na capital mundial do death metal.

Lar de Obituary, Napalm Death, Deicide e do mais abusado de todos, o Morbid Angel.

São muitos grupos trabalhando com os mesmos produtores, tentando, basicamente, soarem mais ferozes que os inspiradores Venom e Slayer.


Um dos pioneiros da cena, o Morbid Angel entrou em campo em 84.

Seu disco de estréia, “Abominations Of Desolation”, era um ataque animal celebrando o fim do mundo.

Formado pelo guitarrista Trey Azagthoth, que recrutou o vocalista e baixista David Vincent (ex-Terrorizer, atualmente casado com Gen, a bruxa loura do Genitortures), o guitarrista Richard Brunelle e o baterista Pete Sandoval, o quarteto satânico logo colocou no mercado outro disco macabro, “Altar Of Madness”, que rapidamente se tornou um clássico mundial.

Músicas como “Immortal Rites”, “Suffocation”, “Visions From The Dark Side”, “Damnation” e “Maze Of Torment”, entre outras, inovaram o estilo e se tornaram influências para várias bandas atuais.

Em 1991, sai disco “Blessed Are The Sick”, que levou o Morbid Angel a um patamar ainda mais elevado dentro do estilo, dando aos músicos reputação como compositores verdadeiramente inovadores e visionários, infundindo subcorrentes clássicas prevalecentes dentro do material sumamente poderoso exposto.

Agora a banda se apoiava em dois clássicos muito bem aceitos pelo público, sendo que o Morbid Angel foi a primeira banda extrema a assinar com uma grande gravadora.



Em 1993, após a saída do guitarrista Richard Brunelle, a banda lança o disco “Covenant” que vendeu 200 mil cópias, coroando o trabalho de grande compositor de Trey Azagthoth.

Em 1995, o Morbid Angel coloca no mercado o disco “Domination”, que marca a estréia de Erik Rutan (ex Ripping Corpse) que toca guitarra e teclado no disco.

Em 1996, sai o disco ao vivo “Entangled In Chaos”, contando com clássicos da banda gravados em shows pela Europa.

Em 1997, David Vincent abandona o grupo, deixando os fãs preocupados com o futuro do Morbid Angel, mas Steve Tucker (ex-Ceremony) entrou no lugar de David e deu conta do recado.

Em 1998, a banda lança o disco “Formulas Fatal To The Flesh”, pesado ao extremo, que recupera a velocidade que a banda vinha perdendo lentamente em suas músicas no decorrer dos anos, sendo o mais rápido até então.



O disco foi gravado na terra natal da banda, no Morrisound Stúdio, e os solos de Azagthoth em sua própria casa, para que ele tivesse tempo de aprimorá-los.

Os novos vocais também ficaram perfeitos, tendo sido muito bem aceito pelos velhos fãs e provando o acerto da banda na contratação de Steve Tucker tem para o lugar de David Vincent.

No ano 2000, outra obra-prima do death metal foi dada ao mundo por meio do disco “Gateways To Annihilation”, com suas passagens dinâmicas e extensas.

Peso absoluto é a principal característica do disco.

Em vez de escadaria para o Paraíso, como anunciava o Led Zeppelin, o novo metal extremo oferecia uma montanha-russa com desembarque no Inferno.

O diabo é o pai do rock, canta-se ainda hoje até em português.

Desde a época em que se queimavam discos de rock’n’roll, passando pelo heavy metal teatral do Iron Maiden, o diabo tem “dado os toques”.



Mas gêneros recentes como black, death e doom metal, transformaram o satanismo numa espécie de primado comportamental.

As bandas que cultivam esse gênero com um fervor quase religioso realmente assustam porque estão perfeitamente ajustadas à sua época, quando as séries famosas da TV, os melhores gibis e os livros mais vendidos celebram o terror.

Com raras exceções, seus discursos (explícitos nas letras) são uma versão fantasiosa do velho ateísmo existencialista de Nietzsche, Sartre e Camus.

Ouvi-las, entretanto, não vai condenar a alma de ninguém.

Graças aos excessos desse tipo música, a tática do choque faz com que ela fique em destaque numa época em que, dificilmente, alguém chama a atenção apenas por mostrar-se rebelde.


Agora, se você é fã dos mascarados do Marduk, do horrendo King Diamond invadindo o palco do Mercyful Fate ou das fantasias monstruosas do Gwar (“God What an Awful Racket”, algo como “Deus que puta raquete!”), agradeça a Alice Cooper.

Ele foi o pioneiro na exploração teatral do rock, quando no início dos anos 70 já decapitava bonecas e simulava execuções no palco, com um visual macabro e cantando temas como abuso infantil, incesto e necrofilia.

Tornou-se o mestre de cerimônia do primeiro circo de horrores do rock.

Vincent Furnier era filho de um pastor evangélico, nascido em Detroit em 1948.

Aos 20 anos, chegou a Los Angeles, California, depois de atravessar os Estados Unidos em empregos diversos e participando de várias bandas.

Foi quando resolveu adotar o nome Alice Cooper e freqüentar os pontos mais alucinados da cidade – chegou a ser um grande amigo de Jim Morrison, do Doors.



Ao lado de seus comparsas Michael Bruce e Glen Buxton (guitarras), Dennis Dunaway (baixo) e Neal Smith (bateria), Alice Cooper começou a fazer os seus shows bizarros, que logo atraíram a atenção de Frank Zappa, que levou os caras para gravar no seu selo, Straight.

Mas a explosão só se daria quando a banda se mudou para Detroit em 1970 e conheceu o produtor Bob Ezrin.

Ele – que posteriormente trabalhou no álbum “The Wall”, do Pink Floyd – lapidou a energia primitiva do grupo, transformando-a em um hard rock satânico com arranjos sofisticados.

Existem muitas histórias de como Vincent Furnier se tornou Alice Cooper.

Talvez a mais interessante seja a que aconteceu numa noite, enquanto a banda estava visitando seu empresário na época Dick Phillips.

Conta a lenda que a mãe de Dick puxou uma tábua Ouija e que o indicador começou a saltar de uma letra para a outra, soletrando o nome A-L-I-C-E C-O-O-P-E-R.

Depois desse incidente, os músicos da banda forjaram uma história de que Vincent seria a reencarnação de uma jovem chamada Alice Cooper que teria sido queimada numa fogueira como bruxa, há centena de anos.

Desde então, Alice Cooper muda sua versão da história de tempos em tempos.



Se o nome da banda já incomodou muita gente, o desempenho da mesma chocaria ainda mais!

Era 1969 e não é preciso muita imaginação para entender como a apresentação de cinco malucos com cara de maus (um deles com o nome de Alice), com cabelos até a cintura, usando maquiagem e fazendo um barulho infernal, chocou a sociedade da época.

Segundo Alice, eles se tornaram o “grupo mais odiado de Los Angeles”.

Shep Gordon presenciou uma das apresentações da banda e se ofereceu como empresário na mesma hora, acreditando que se uma banda era capaz de esvaziar um local com capacidade para 2 mil pessoas com apenas algumas músicas, ela certamente estaria destinada a alguma coisa muito grande.

Shep não era um empresário convencional e juntamente com a banda, reinventou as regras de como afrontar as pessoas e criar espetáculos.

“Você é sua própria censura. Se você não gosta do que eu digo, você tem uma escolha. Desligue-me”.

Essa era a mensagem que se ouvia no início da última faixa de “Easy Action”, segundo álbum da banda, que assim como o primeiro “Pretties For You” não conquistou os ouvintes.

Provavelmente porque ambos eram extremamente experimentais e esquisitos (influenciados talvez pela admiração que nutriam por Frank Zappa) e iam muito além da tolerância das pessoas naquela época.



A banda decide ir para Detroit tentar a sorte.

“Nós éramos o grupo que enfiou uma estaca no coração da geração paz e amor”, diz o cantor.

Muitos rumores começaram a circular sobre as apresentações de Alice Cooper e, naturalmente, os boatos sempre apontavam para a banda como algo absurdo e ultrajante.

Até que por insistência de Shep, o assistente de Jack Richardson da gravadora Numbus 9's foi assistir a um show da banda e ficou impressionado e decidiu que produziria o próximo álbum.

Esse assistente era Bob Ezrin.

Segundo o próprio Alice, “Bob ajudou a criar Alice Cooper.”

Com os cuidados de Bob Ezrin, a banda lançou seu terceiro álbum “Love It To Death”, um divisor de águas na carreira da banda.

Seus temas mexiam com religião, ganância, confusão mental e pela primeira vez alguém falou sobre ser adolescente e experimentar a solidão e todas as dores do processo de transformação para algo “diferente”.

E os jovens ouviram! Alice os entendia!

E isso fez com que a música “I’m Eighteen” chegasse ao 21° lugar na parada de sucessos.



Alice Cooper no palco era um espetáculo à parte!

Um maluco numa camisa de força que escapa e estrangula a enfermeira, Alice sempre usou uma série de elementos de teatro para representar suas músicas e em todos os shows ele era executado como uma tentativa de redimir a platéia ensandecida que o acompanhava.

No início ele era executado numa cadeira elétrica, mas conforme suas transgressões aumentavam sua morte também foi sendo cada vez mais fantástica.

Ele foi enforcado e chegou a ser guilhotinado em seus shows.

Mas outro assunto com o qual Alice sempre gostou de mexer é a ressurreição.

Alice sempre voltava dos mortos a tempo de fazer o último bis!



Nunca antes alguém se pareceu com ele, teve um som como o dele, ou atuou como ele.

Roger Waters (Pink Floyd) disse uma vez: “Ninguém nessa banda toca como Eric Clapton ou atua como Alice Cooper”.

Insolente, impertinente e impudente, Alice Cooper é uma entidade do rock.

Seus feitos o elevaram a posição de realmente original numa época em que a originalidade era desprezada.

Até hoje Alice canta “I’m Eighteen” com a mesma paixão que ele colocou na música quando a compôs em 1971.

Enquanto houver uma parte de nós que teimar em permanecer com 18 anos nós teremos muito mais coisas em comum com Alice Cooper do que sonha nossa vão filosofia.


O Bathory foi, ao lado do Venom e do Hellhammer, a banda que primeiro lançou mão de recursos que, mais tarde, serviriam para definir os padrões de estilos como o black metal e o death metal.

Contudo, das três bandas, foi a única que continuou fazendo bons álbuns durante toda a sua carreira (ao contrário do Hellhammer, que acabou, e do Venom, que mudou a sonoridade e se transformou num grupo de thrash metal datado), sempre investindo pesado na mística que provoca por não se apresentar ao vivo e por ninguém saber ao certo quem e como são seus integrantes, à exceção do líder do grupo, Quorthon.

Tudo começou em fevereiro de 1983, na Suécia, quando o conjunto foi formado.

Para criar uma aura de mistério sobre ele, a formação não era divulgada na mídia.

Exatamente um ano depois, duas faixas do Bathory foram incluídas na coletânea “Scandinavian Metal Attack” e, nelas, sentia-se nitidamente as influências de Venom e Motörhead que permeavam a sonoridade do grupo.



Ainda em 84, saiu o primeiro disco somente com o nome da banda.

Apesar da má produção, o LP tornou-se imediatamente item obrigatório na coleção de todos os fãs de música pesada da época, já que trazia em suas faixas um verdadeiro ataque sonoro, acrescido de temáticas satanistas jamais vistas com tamanha seriedade.

Claro, havia o Venom, mas o Venom se apresentava ao vivo e todo mundo sabia como eram seus integrantes. Mas o Bathory, não.

Seus integrantes – se é que existiam – não possuíam nenhum contato com o mundo exterior e os fãs podiam criar suas próprias crenças a seu respeito.

Tudo isso fez com que eles se tornassem o grupo mais sombrio e perturbador da metade dos anos 80, fato que se consolidou com o segundo LP, “The Return”, de 1985.



Musical e liricamente, o novo disco era uma continuação do primeiro, mas mais bem produzido e estruturado, apesar de as músicas continuarem velocíssimas, pesadíssimas e blasfemas, constituindo-se num dos maiores legados para as bandas black/ death que se seguiriam.

Após “The Return”, os integrantes do conjunto passaram por um processo de maturação bastante evidenciado.

Começaram a deixar de lado as temáticas excessivamente satanistas e passaram a investir na divulgação da cultura de seu país-natal, a cultura viking (e seriam copiados nisso por 99% das bandas de black metal escandinavas que vieram depois deles).

Entretanto, como sabiam que seus fãs não aceitariam uma mudança demasiadamente brusca nas letras, optaram por fazer a coisa paulatinamente.

Os primeiros traços das temáticas vikings apareceram no clássico “Under The Sign Of The Black Mark”, de 87, para muitos o melhor disco do Bathory, para outros, simplesmente um autêntico clássico do death metal.



Com o sucesso estrondoso do álbum nos meios undergrounds, o grupo passou a considerar seriamente a possibilidade de tocar ao vivo.

Chegou a divulgar sua line-up – Quorthon (guitarras e vocais), Vvornth (bateria) e Kothaar (baixo) – e a enviar fotos de divulgação para a imprensa.

Contudo, o projeto não foi adiante e o trio voltou à obscuridade (há quem diga que Quorthon sempre fez tudo sozinho na banda e só chamou os outros dois caras para aparecerem nas fotos. O fato é que daí em diante ele passou a dar entrevistas constantes e a ser o porta-voz do Bathory, mas sempre negando ser o único membro.).

Ainda em 87, foi gravado “Blood On Ice”, álbum que não chegou a ser lançado na época (só saiu em 1996).

Assim, o quarto disco oficial do Bathroy acabou sendo “Blood, Fire & Death”, outro clássico absoluto, que trazia a mistura perfeita entre mitologia nórdica, satanismo, peso e velocidade.

Além disso, o álbum trazia na contracapa uma foto do grupo, o que alimentava a história da existência real da banda com uma formação clássica estável.



Depois dele, veio mais um álbum não-lançado (e que continua inédito, só circulando em cópias-piratas), “Requiem”, ao mesmo tempo em que a banda ia amadurecendo musicalmente, implementando às suas canções inúmeras influências novas, notadamente clássicas (Quorthon venera música clássica, em especial Wagner).

Deste modo, quando “Hammerheart” foi lançado, em 1990, muita gente foi surpreendida.

A música, agora, estava mais contida, mais introspectiva, dotada de inúmeras experimentações e toques clássicos-medievais-folclóricos.

O álbum “Hammerheart” é, de longe, o disco mais hermético e estranho da carreira do Bathory, mas nem por isso desprovido de importância.

Não é de digestão fácil, mas deve-se louvar sua originalidade e unidade, que aponta claramente para um trabalho conceitual.



No ano seguinte, saiu “Twilight Of The Gods”.

Nele, as experimentações ainda se faziam presentes, mas de forma bem menos radical do que no disco anterior.

Os antigos fãs voltaram a endeusá-los (se bem que, a essa altura, já parecia claro que Quorthon era o faz-tudo do “conjunto”), pois estava quase de volta o antigo Bathory, com seu som agressivo, sujo e pesado.

Esse processo terminou com “Requiem”, álbum de 94, que trazia o Bathory definitivamente de volta aos velhos tempos (até a produção é ruim), perpetrando um verdadeiro holocausto sonoro.



No ano anterior, contudo, já haviam sido lançadas duas coletâneas em comemoração aos dez anos de carreira, “Jubileum I” e “Jubileum II”, que traziam algum material inédito (como faixas da primeira fita demo, que nunca foi lançada comercialmente).

Em 96, saiu “Octagon”, na mesma linha de “Requiem”, mas muito melhor produzido.

O disco coroou uma trajetória árdua e misteriosa, porém duradoura e importantíssima para o metal.

Do som desenvolvido pelo Bathory surgiu uma nova realidade musical, que deu algumas das coordenadas básicas para os movimentos black, death e doom metal.

Essas lições foram melhores assimiladas nos países nórdicos, onde diversas bandas elevaram à categoria de arte tudo aquilo que, pela primeira vez na história, Quorthon começou a fazer nos porões suecos durante os anos 80.

Sem ele, boa parte do que se ouve hoje nas bandas de metal extremo não existiria.

Um comentário:

Sombra e Luz disse...

Olá Simão Pessoa. Meu Nome Paulo. Estou começando a ler sua sequencia de textos sobre rock, e decidi começar por esse sobre Death Metal, já que estou me debruçando mais sobre esse assunto ultimamente. Está muito bom, super informativo e bem escrito. Eu acrescentaria alguma coisa aqui e ali. Por exemplo, algumas bandas do anos 70 que lançaram elementos que mais tarde estariam no universo do black metal, especialmente a temática de capas. Como banda Dust, que lançou em 1972 o álbum Hard Attack. O Olavo citou seu nome uma postagem no facebook, então decidi conferir e gostei do seu blog. Eu acabei me atritando com o Olavo, que foi meu professor, no assunto de Heavy Metal. Ele colocou algumas opiniões e estatísticas, realmente importantes, pois ele é um homem muito competente, porém, ele não está diretamente envolvido com a questão. Eu ouço todo tipo de musica, especialmente rock e heavy metal,há mais de vinte anos e não foi um fator de alienação em minha vida, muito pelo contrário, desde minha adolescência meu envolvimento com isso tudo foi um verdadeiro despertador em relação ao meu próprio universo pessoal e o universo fora de mim, justamente pela temática que já se insinuava desde os Rolling Stones até Marduk ou Gorgoroth. A mensagem satânica na canção "Sympathy for the Devil", foi, na verdade, na questão de fé, por mais maluco que eu possa perecer agora, a primeira coisa que ouvi e me fez perceber a presença de Jesus na nossa vida. Especialmente ao entender o trecho: "And I was 'round when Jesus Christ
Had his moment of doubt and pain", foi prestando atenção a isso que compreendi, pela primeira vez, em minha adolescência, o sofrimento de Jesus como ensinamento para todos os homens diante da realidade de suas armadilhas.Desde cedo, minha relação com esse tipo de bandas, Death, Black Metal entre outras me causava um certo escândalo, tanto interior, como sobre as coisas de fora. Enfim, estou gostando muito do seu blog e desejo compartilhar, eu tenho um site sobre black metal e se desejar lhe passo o link. Abraço!