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segunda-feira, maio 16, 2011

Aula 78 do Curso Intensivo de Rock: Mercyful Fate e King Diamond


O Mercyful Fate – que antes de receber este nome chamou-se Brats e Danger Zone – foi formado na cidade de Copenhague, capital da Dinamarca, em 1980, pelo vocalista King Diamond (nascido Kim Bendix Petersen), que recrutou os guitarristas Hank Shermann e Michael Denner, o baixista Timi Hansen e o baterista Kim Ruzz para incursionar pelo death metal.

Liderados pelo acrobata vocal King Diamond e as harmonias desenhadas pelas guitarras gêmeas de Shermann e Denner, eles causaram um grande alvoroço no underground musical.

O grupo começou a chamar a atenção do público e da crítica quando gravou duas fitas demo, que incluíam as faixas “Walking Back To Hell”, “Running Free”, “Black Masses” e “Hard Rocker” na primeira, e “Curse Of The Pharaohs”, “Return Of The Vampire”, “A Corpse Without Soul”, além do épico “Burning The Cross”, na segunda, que viriam a se tornar alguns dos sucessos da banda.

O som do grupo logo se tornou conhecido entre os fãs do gênero metal extremo, com letras dramáticas que exploravam temas cada vez mais sombrios e satânicos.


O vocalista King Diamond adotou um visual igualmente assustador, pintando seu rosto com uma máscara bizarra (ele diz que se inspirou no cantor Alice Cooper, após ter assistido a um show da “tia” em 75).

Com contrato assinado com a Ebony Records, da Inglaterra, o grupo gravou duas músicas em 82, “Black Funeral” e “Walking Back To Hell”, que impulsionaram a carreira do grupo.

O próximo passo foi a gravação do primeiro mini-álbum, já pela Rave-On Records, que trazia as faixas “Devil Eyes”, “Nuns Have No Fun”, “Doomed By The Living Dead” e “A Corpse Without Soul”.



Apesar de ter sido lançado sem título, o EP se tornou um clássico chamado pelos fãs de “Nuns Have No Fun”.

Em 83, a banda de King Diamond finalmente lançou seu primeiro LP, “Melissa” (nome de uma caveira usada pela banda nos shows – e que depois foi roubada por um fã durante um show no Paradiso Club, em Amsterdã, na Holanda), desta vez pela Roadrunner Records, considerado por muitos como um dos mais importantes lançamentos do gênero death metal.



Os vocais selvagens e estridentes de Diamond e as harmonias desenhadas pelas guitarras gêmeas de Shermann e Denner causaram um grande alvoroço no underground musical, despertando a atenção de muita gente.

O sucesso internacional veio no ano seguinte com o álbum “Don’t Break The Oath”, que conseguiu ser ainda mais vigoroso e demoníaco que o primeiro, levando o grupo a grandes turnês internacionais, emplacando faixas como “The Oath”, “Gypsy” e “Come To The Sabbath”.

O desgaste entre os integrantes da banda, que já apresentava alguns sinais durante os primeiros anos, começou a se agravar na época em que o grupo participou do Christmas Metal Meetings, na Alemanha, ao lado de Motörhead, Girlschool e Hekix, em 85, resultando no fim do Mercyful Fate.

King Diamond montou, então, uma banda com seu próprio nome, ao lado dos também ex-Mercyful Fate, Michael Denner e Timi Hansen, acrescidos do baterista Mikkey Dee e do guitarrista Andy La Rocque.



Com a nova formação, King Diamond lançou o disco “No Presents For Christmas”, com apenas duas faixas: “Tom And Jerry Drinking Sherry” e “Charon”.

Seguiu-se o álbum “Fatal Portrait” (86), que atraiu os antigos fãs do Mercyful Fate, além de conquistar novos admiradores.

Porém foi o trabalho seguinte, o conceitual “Abigail”, de 87, um disco totalmente baseado em piradíssimas estórias de terror, que conquistou, definitivamente, a admiração e o respeito dos antigos fãs do Mercyful Fate.

O disco também detonou o primeiro sucesso comercial do grupo, o hit “The Family Ghost”, que acabou entrando no Top 100 da Billboard e cujo clipe ficou vários meses na parada da MTV.



A seguir, veio o disco “Them” (1988), puxado pela faixa “Welcome Home” – época em que entrou o guitarrista Pete Blakk e o baixista Hal Patino –, e o disco “Conspiracy” (1989), onde se destacaram as músicas “At The Graves”, “A Visit From The Dead” e “Sleepless Nights”.

O baterista Snowy Shaw, que já havia colaborado ocasionalmente com o grupo, estreou em definitivo na turnê americana para o lançamento do álbum “Conspiracy”, substituindo Mikkey Dee, que se mudou de malas e cuias para o Motörhead.

Finalmente, em 1990, a banda de King Diamond lançou “The Eye”, consolidando o vocalista como principal compositor do grupo, apesar das eventuais colaborações de Andy La Rocque.



Em 93, King Diamond voltou a reagrupar o Mercyiul Fate, quando lançaram “In The Shadows”, pela Metal Blade Records, que não teve dificuldades para recuperar o antigo prestígio da banda.

Com a mesma formação, o renascido Mercyful Fate só não contou com a participação do baixista Timi Hansen, que foi substituído por Sharlee D’Angelo.

Encabeçando o Holland’s Dynamo Festival, ao lado de Metallica e Megadeth, o grupo também fez uma bem-sucedida turnê pelos Estados Unidos, com ingressos esgotados antecipadamente para suas apresentações.

O disco “Time” foi o lançamento de 94, mesmo ano em que King Diamond lançava, pela sua banda homônima, o álbum “The Spider’s Lullaby”, marcando uma reformulação no grupo, com a entrada de Herb Simonsen (guitarra), Chris Estes (baixo) e Darrin Anthony (bateria), sendo que Snowy Shaw foi incorporado no Mercyful Fate.

Desde então, o vocalista participa dos dois trabalhos paralelamente.

Em 96, além do lançamento do disco “Into The Unknown” pelo Mercyful Fate, foi realizada a primeira turnê conjunta das duas bandas, prometendo um futuro de muitos decibéis e estórias arrepiantes, para deleite total dos fãs.

De lá pra cá, o Mercyful Fate lançou “Dead Again” e “9”, o nono álbum da banda, enquanto a King Diamond Band lançou “The Graveyard”, “Voodoo” e “House Of God”.

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