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quarta-feira, agosto 05, 2015

Viva a Sociedade Alternativa!


Um dos gurus de Raul Seixas e Paulo Coelho, o famoso Aleister Crowley (1875-1947) foi um inglês malucão, debochado, mágico e sacana. Ninguém percebeu isso até os seus 23 anos, pois até então o bicho só se interessava em escalar montanhas, escrever maus poemas e estudar os clássicos. Mas aos 23 anos alguém o convenceu a entrar para a Ordem Hermética do Crepúsculo Dourado, que mexia com mágica. A partir desse dia, Crowley manteve um diário: “O Diário Mágico da Besta 666”. Além disso, publicou uma revista, “O Equinócio”, e se especializou em caratê boliviano, ou seja, cheirava cocaína pacas.

Em 1912 ele foi apresentado a um outro malucão, que o convenceu a entrar para a Ordem dos Templários Orientais, que trabalhava no ramo de mágicas sexuais. Vocês já sentiram que vem sacanagem por aí, pois não? Não foi difícil convencer o Crowley a entrar para a ordem e, a partir do dia da sua entrada, passou a anotar no diário as suas sessões (análise, minha senhora? Análise é grupo) de masturbação de grupo, a manibus plenis e uma variedade de sacanagens com nada menos que sessenta e oito mulheres diferentes, sempre neste lance de mágica.

Um tópico bastante comum em seu diário: “Três putinhas de vinte e poucos anos nada especiais. Ainda assim a orgia durou das onze da noite às dez da manhã com raros e rápidos intervalos”. A Primeira Guerra Mundial obrigou Crowley a se refugiar na América, pois as suas guerras eram outras. Lá ele reiniciou as suas sessões de mágicas sexuais para um público cada vez maior. Ele tinha um show que chamava de Opus XIII, no qual atuava uma prostituta mulata. Eis o que escreveu no diário: “A operação foi tremendamente orgíaca, levando-se em conta a mediocridade da minha assistente. Foi, porém, muito difícil recolher o elixir da cocurbite”. A  cocurbite era a vagina e o elixir o seu próprio esperma que, depois de recolhido, era tratado como merenda diante da plateia.

Em 1919, Crowley retornou à Inglaterra e se viciou em heroína e não estou falando de Anita Garibaldi nem da Mulher Maravilha. Mais taradão que nunca, se mudou para a Sicília, onde fundou a Abadia de Thelema, um centro de ocultismo que difundia sua doutrina: “Faça tudo que quiseres que é tudo da lei”. Uma porrada de maluquinhos se juntou à volta do malucão que era chamado de mestre e, entre eles, a sua amante Leah Hirsing, a mulher escarlate, Ninette Fraux, a segunda concubina da Besta e o irmão Chenestai, um jovem marinheiro que Crowley trouxe da América.

Sentiram a jogada? Cansado de tanta mágica com mulher, Crowley acabou virando mágico mesmo!!! É isso aí: passou a esconder, fazer desaparecer o cheio de varizes do marinheiro. As orgias eram públicas, pois segundo a Besta 666, como Crowley gostava de ser chamado, “eles têm que ser treinados na falta de vergonha. Eu mesmo me culpo por ainda ter vergonha em me prostituir publicamente com o irmão Chenestai”. Eventualmente, os discípulos envelheceram ou encheram o saco e acabaram por se dispersar. O jovem marinheiro enlouqueceu de vez e Crowley voltou para a Inglaterra, onde morreu aos 72 anos numa pensão vagabunda, lendo um livro de sacanagem.

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