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sábado, outubro 20, 2018

Kepelé e o cigarro de índio



O descolado Kleper Evandro, mais conhecido como Kepelé

            Fevereiro de 1986. A quadra do GRES Andanças de Ciganos está botando gente pelo ladrão por conta do desfile no Sambódromo, que vai se realizar dali a duas horas. Para diminuir o nervosismo, Ailton Santa Fé convoca alguns brincantes para dar um rolê básico de carro pelas ruas da cidade, em busca de oxigênio puro. Luiz Lobão, Sici Pirangy, Arlindo Jorge, Kepelé, Airton Caju e Mazinho embarcam no veículo. Ailton Santa Fé pilota o buggy Selvagem em alta velocidade, pela Rua Silves, em direção ao Distrito Industrial. O vento na cara dos ocupantes do carro é oxigênio puro.

Próximo da Bola da Suframa, Ailton Santa Fé para o carro, puxa do porta luvas um “francês” (um charo da grossura de um baguette), acende o charuto e começa a passar de mão em mão. Quando a sessão de descarrego termina, Ailton Santa Fé liga o buggy e pega à direita, rumo ao Aeroporto de Ponta Pelada.

Único neófito da turma, Kepelé é o primeiro a sentir o tapa da pantera. Ele tem um acesso de riso de perder o fôlego. Luiz Lobão fica preocupado:

O que qui tá pegando, parceiro, o que qui tá pegando?...

Sem parar de rir, Kepelé, em novo surto de gagueira, não deixa por menos:

Que... que... quem diria!... Ke... Ke... Kepelé maconheiro, Luiz! Ke... Ke... Kepelé maconheiro!

Ailton Santa Fé riu tanto da presepada que quase capotava o carro nas imediações do Posto 3. Choses.

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