Áureo Petita e Rita Bacury
Março de 1985. Um dos irmãos do Áureo Petita, o produtor cultural Amaury Gomes (aka “Magal”), andava com os nervos à flor da pele, irritadiço, nervoso, chutando a própria sombra, tocando terror em casa e na vizinhança.
Depois de muita conversa, Magal concordou em ir a um médico onde foi submetido ao exame de polis sonografia noturna.
O
exame acusou baixos percentuais de sono nos estágios 3 e 4 e pouco sono REM. O
médico receitou uma pílula de Rohypnol Flunitrazepam 1 mg a cada 12 horas.
Desconfiadíssimo, Magal se recusou terminantemente a tomar o remédio.
A
família voltou a conversar com o médico. Ele sugeriu esmigalharem as pílulas e
diluírem o pó no prato de comida do paciente, que o resultado seria o mesmo.
Por ser o irmão mais velho, Áureo Petita foi encarregado de executar a
operação.
Ele
esmigalhou duas drágeas de Rohypnol Flunitrazepam 1 mg, diluiu o pó em caldo de
feijão, colocou a mistureba num prato fundo e completou a refeição com arroz,
farofa e bife acebolado.
Para Magal não desconfiar de nada, Áureo preparou um segundo prato exatamente igual ao primeiro e chamou o irmão para almoçar.
Magal se sentou à mesa. Áureo empurrou o prato com a mistura para o irmão e começou a comer de seu prato.
Para Magal não desconfiar de nada, Áureo preparou um segundo prato exatamente igual ao primeiro e chamou o irmão para almoçar.
Magal se sentou à mesa. Áureo empurrou o prato com a mistura para o irmão e começou a comer de seu prato.
–
Porra, Áureo, eu estou morrendo de sede. Me arruma um copo d’água! – avisou
Magal.
Áureo
se levantou da mesa e foi até a cozinha pegar um copo de água na geladeira.
Magal aproveitou a ausência momentânea do irmão e trocou os dois pratos de
lugar. Os dois começaram a comer.
Encerrada
a refeição, Magal saiu da mesa para continuar tocando terror. Áureo Petita
passou dois dias dormindo.
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