Mais um novo
depoimento sincero de quem participou de um intercâmbio no exterior e
sobreviveu para contar a experiência. Som na caixa, moçada!
“Meus pais
sempre foram muito quadrados. Por causa disso, eu sempre fui uma garota muito
presa. Presa por porte de armas, presa por tráfico de drogas e presa por
vadiagem. Meus pais morriam de medo que eu fizesse uma bobagem e, para me
afastar das más influências, resolveram me mandar para os Estados Unidos, num
intercâmbio. E lá fui eu para Louisiana (Louisiana), um lugar, segundo os meus
velhos, mais conservador, onde até hoje as pessoas se vestem com aquelas
roupas de “e o vento levou” (gone with the wind).
No Brasil,
eu nunca tinha tido uma experiência sexual. Só tinha trepado com meu irmão, meu
primo e meu tio, mas família não conta. Minha família americana era muito mais
liberal. Nesse ponto, o intercâmbio de sucos (concentrated orange juice) foi
algo que preencheu aquele imenso vazio que eu tinha dentro de mim (me). Na
sociedade americana (American Graffiti), o jovem desde cedo é chamado para ocupar
o seu espaço (2.001, A Space Odissey).
Às sete da
manhã, eu já estava na rua chamando os rapazes (beach boys) para ocuparem o meu
espaço úmido e latejante. Em pouco tempo, fiquei famosa (rich and famous). Fui
madrinha e mascote dos times de baseball, basquete, handball, hóquei sobre
patins, da equipe de stock-car e dos Hell’s Angels (Anjos do Asfalto).
No Brasil,
os jovens são mal acostumados. Vivem de mesada dos pais e não sabem que poderiam
muito bem ganhar seu próprio dinheiro com o suor de seus corpos besuntados de Óleo
Johnson’s (Nujol), sendo chicoteados por velhos tarados (dirty old men).
Nos Estados
Unidos, a coisa é totalmente diferente (something wild). Os pais falam
abertamente sobre sexo com os filhos. Toda noite meu pai americano (The Godfather)
entrava no meu quarto, nu, e vinha pra cima de mim com uns papos estranhos.
Minhas irmãs americanas, Sue Mary e Mary Sue, é que me deram a maior força,
segurando meus braços e pernas até eu me acostumar com a ideia do incesto
americano (american incest).
Pensando
bem, esse período no intercâmbio foi incrível para a minha cabeça. Conheci
pessoas incríveis como Richard Gere, meu gigolô americano (american gigolo) e
aprendi muitas coisas, inclusive como tocar “violino chinês” (Kentucky Fried Chicken).”
(Nádia Sueli dos Santos)
Nenhum comentário:
Postar um comentário