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domingo, outubro 18, 2015

Liberdade para as pererecas


Mais um novo depoimento sincero de quem participou de um intercâmbio no exterior e sobreviveu para contar a experiência. Som na caixa, moçada!

“Meus pais sempre foram muito quadrados. Por causa disso, eu sem­pre fui uma garota muito presa. Presa por porte de armas, presa por tráfico de drogas e presa por vadiagem. Meus pais morriam de medo que eu fizesse uma bobagem e, para me afastar das más influências, resolveram me mandar para os Estados Unidos, num intercâmbio. E lá fui eu para Louisiana (Louisiana), um lugar, segundo os meus velhos, mais conservador, onde até hoje as pessoas se vestem com aque­las roupas de “e o vento levou” (gone with the wind).

No Brasil, eu nunca tinha tido uma experiência sexual. Só tinha trepado com meu irmão, meu primo e meu tio, mas família não conta. Minha família americana era muito mais liberal. Nesse ponto, o inter­câmbio de sucos (concentrated orange juice) foi algo que preencheu aquele imenso vazio que eu tinha dentro de mim (me). Na sociedade americana (American Graffiti), o jovem desde cedo é chamado para ocupar o seu espaço (2.001, A Space Odissey).

Às sete da manhã, eu já estava na rua chamando os rapazes (beach boys) para ocuparem o meu espaço úmido e latejante. Em pouco tempo, fiquei famosa (rich and famous). Fui madrinha e mascote dos times de baseball, basquete, handball, hóquei sobre patins, da equipe de stock-car e dos Hell’s Angels (Anjos do Asfalto).

No Brasil, os jovens são mal acostumados. Vivem de mesada dos pais e não sabem que poderiam muito bem ganhar seu próprio dinheiro com o suor de seus corpos besuntados de Óleo Johnson’s (Nujol), sendo chicoteados por velhos tarados (dirty old men).

Nos Estados Unidos, a coisa é totalmente diferente (something wild). Os pais falam abertamente sobre sexo com os filhos. Toda noite meu pai americano (The Godfather) entrava no meu quarto, nu, e vinha pra cima de mim com uns papos estranhos. Minhas irmãs americanas, Sue Mary e Mary Sue, é que me deram a maior força, segurando meus braços e pernas até eu me acostumar com a ideia do incesto americano (american incest).

Pensando bem, esse período no intercâmbio foi incrível para a minha cabeça. Conheci pessoas incríveis como Richard Gere, meu gigolô americano (american gigolo) e aprendi muitas coisas, inclusive como tocar “violino chinês” (Kentucky Fried Chicken).” (Nádia Sueli dos Santos)

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