Uma das
grandes preocupações desta geração são as redes
sociais, ou melhor, quantas curtidas as publicações estão conseguindo. Com
informações cada vez mais orgânicas e rápidas, o que importa mesmo é ter
relevância.
Para
conseguir isso, é necessário ter mais do que seguidores; é preciso ter pessoas
que prestam atenção no que você posta, curtindo, comentando e compartilhando.
Quanto mais curtidas, maior relevância e mais pessoas irão ver a sua
publicação.
E foi
pensando nisso que a China criou fábricas de likes, uma maneira simplificada
para poder crescer neste mundo de aparências.
Sim,
gafanhoto, a internet é definitivamente um mundo de aparências, onde nada de
fato é o que parece – e essa constatação cada vez mais se afirma como a única
verdade a respeito de nossas vivências virtuais.
Nem mesmo
os likes, compartilhamentos e seguidores, que movimentam mercados inteiros e
tanto dinheiro na vida real, de fato são o que sugerem ser.
Sim, gafanhoto,
todos nós, os eternamente céticos, sempre suspeitamos disso, mas a descoberta
de uma série de “fazendas” de “likes” na China comprovaram tais suspeitas.
O processo
é tão simples quanto absurdo: milhares e milhares de smartphones conectados à
internet em um mesmo recinto permite que, através da contratação de tais
serviços, páginas se tornem populares sem a adesão real das pessoas, vídeos
viralizem, aplicativos se popularizem, ou o contrário: opiniões, histórias,
mentiras e absurdos sejam compartilhados e curtidos em milhares, milhões de
cliques, sem que nada disso de fato signifique o desejo ou a opinião das
pessoas.
A maior
parte dessas manipulações virtuais parecem acontecer na China e na Rússia, mas
há indícios de que elas ocorram em todo o mundo.
O local descoberto na China
tinha cerca de 10 mil telefones em ação, assim como diversos trabalhadores
cultivando likes e compartilhamentos, e transformando páginas impopulares em
sucessos na rede.
Tal
prática não é exatamente ilegal, mas obviamente sugere profundas questões
éticas e mesmo concretas, considerando a quantidade de dinheiro movimentada
pela internet – e as diversas pessoas que trabalham honestamente em tal meio.
Muitas
pessoas, diante da história, sugeriam a imediata proibição de tais práticas,
através de pesadas multas que envolvam as empresas envolvidas.
A maioria,
porém, demonstrou o espanto e a estupefação diante da confirmação daquilo que
antes parecia somente uma sinistra suspeita: nada mais é real hoje em dia?
© fotos:
reprodução/Zerohedge
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