Espaço destinado a fazer uma breve retrospectiva sobre a geração mimeográfo e seus poetas mais representativos, além de toques bem-humorados sobre música, quadrinhos, cinema, literatura, poesia e bobagens generalizadas
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sábado, julho 30, 2011
O impagável Gustavo Mendes
Um dos campeões atuais do YouTube, o ator Gustavo Mendes travestido em Dilma Rousseff, navegando na net e despachando em sua mesa presidencial, onde tem um antigo telefone vermelho, foi colocado no ar, originalmente, no site de humor Kibe Loco.
A própria presidente confessa que gargalha com as situações criadas pelo humorista nos pronunciamentos oficiais e um dos que mais gostou foi quando ela ligou para Antonio Palocci, na crise do enriquecimento ilícito do ex-ministro.
O trecho em que repete “Para de chorar, Palocci, para de chorar...” quase levou a Chefe do Governo a chorar, só que de tanto rir.
Essa entrevista aí de cima também me deu um acesso de riso da gota serena quando a presidente respondeu sobre qual a sua bebida preferida.
Aos quinze anos de idade, o comediante saiu de Guarani (MG), sua terra natal, e foi para Juiz de Fora com a intenção de estudar.
“Fui para fazer um curso de laticínios, porque é um ramo onde muita gente da minha família atua, mas não era aquilo que queria. Meu sonho sempre foi ser artista. Naquela época, acabei adotando a cidade de Juiz de Fora”, recorda.
De acordo com Gustavo, motivado pela vontade de fazer apresentações para grandes públicos, ele chegou a pensar, inclusive, em ser padre ou pastor.
“Queria ter o domínio da palavra por meio de um microfone”, garante.
Antes mesmo de se mudar para Juiz de Fora, Gustavo assistiu, em Guarani, a uma apresentação do humorista Pedro Bismarck, o que o motivou ainda mais.
“Isso foi em 1998, tinha apenas nove anos, o que não me permitia assistir ao espetáculo, mas consegui entrar e me encantei”, explica.
E, movido pelo sonho, Gustavo não chegou a concluir o curso técnico, procurando sempre investir na carreira de comediante.
“Comecei fazendo imitações, como a maioria dos comediantes. Imitava as vozes das minhas referências na época, como Sílvio Santos, Gal Costa, Maria Bethânia, Fagner e Nelson Gonçalves, entre outros”, diz.
Ele conta que cresceu em um meio onde o gênero comédia sempre foi incentivado.
“Minha mãe e minha avó sempre contaram piadas”, confessa.
Gustavo teve uma curta passagem por São Paulo antes de se fixar em Juiz de Fora.
Na capital paulista, aos 11 anos, participou do extinto programa “Te vi na TV” e da novela “O Sonho de Luísa”, ambos na Rede TV!.
Já na cidade mineira, no ano de 2005, o comediante participou do concurso “Show de Talentos”, da TV Alterosa, saindo vitorioso.
“Os bares da cidade foram minha escola de humor”, afirma Gustavo, destacando que, como começou muito cedo, os grupos de teatro de Juiz de Fora não o convidavam para participar de espetáculos.
“Acho que a cara de moleque não sugeria credibilidade”, admite.
Entre as dificuldades, ele relembra as vezes em que se apresentou, no formato stand-up comedy, em bares e as pessoas não prestavam atenção nos shows, muitas vezes achando que se tratava de um bêbado.
“Estava ali porque não tinha grana para bancar figurinos de personagens. Ia de cara limpa, mas as pessoas não entendiam. Com o tempo, fui observando mais, desenvolvi melhor meu texto, além de adquirir feeling com relação à plateia”, avalia.
Depois de um tempo em Juiz de Fora, Gustavo resolveu tentar a vida no Rio de Janeiro.
“Aos 18 anos, decidi emagrecer e tentei ser ator da Malhação. Não deu certo, mas acabei me apresentando em um bingo, o que durou só um mês, devido às interdições sofridas pelas casas de jogos”, recorda.
Depois da experiência, retornou, em 2008, a Juiz de Fora, com a certeza de ser acolhido pelo público local.
“Desde então venho me apresentando em bares e teatros”, diz.
Gustavo encara o fato de ter sempre lutado por seu sonho como um aspecto positivo.
“Nunca fui iludido. Sempre precisei correr atrás. Isso foi bom porque descobri muito cedo o que eu queria fazer, não permitindo qualquer tipo de frustração”, pondera.
“Para mim, o sucesso começou a bater em minha porta em outubro de 2009”, explica.
O motivo da afirmação deve-se a sua participação no programa Show do Tom”, da Rede Record, no final de 2009, onde ficou em segundo lugar no 6º Festival de Piadas.
“A minha participação no programa fez com que o reconhecimento com relação ao meu trabalho aumentasse muito. Até hoje recebo ligações, recados e emails de gente de todo o Brasil”, comemora.
Com a imitação perfeita da presidente da Dilma, Gustavo Mendes, enfim, atingiu o estrelato.
“Na minha opinião, uma caricatura não é ridicularizar um personagem. Ridicularizar é humilhar, ofender e é o que a maioria deles (políticos) fazem. Humilham a gente”, avisa.
Ele ainda ressalta que “o humor não pega pesado. Humor fala verdades brincando. O povo precisa ouvir é isso: verdades”
Hoje, Gustavo Mendes é o único humorista mineiro na emissora Record Brasil, onde participa do programa do “Show do Tom”, do humorista Tom Cavalcante, e tem percorrido o país com seu espetáculo de stand-up comedy intitulado “Tarja Preta”.
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