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terça-feira, setembro 30, 2014

Amor bom é amor prostituído


Marcel G Costa

Todo homem sai apaixonado do puteiro. Sinto lhes informar meninas, mas esta é a verdade nua e crua.

Não pense que o seu namorado é diferente. Até porque se ele ainda não foi, irá ao bordel um dia.

E digo mais, todo homem tem por obrigação passar pelo menos uma noite de sua vida neste lugar mágico, afinal de contas, o amor mora lá.

Talvez você mulher perdida por aqui não entenda, mas é verdade, o amor está lá, em sua forma mais intensa e verdadeira, custando aproximadamente 200 reais – pra mais ou pra menos – e diluído em 30 minutinhos ou uma gozada.

Às vezes ele vem com cabelos loiros e cintura fina, outras com madeixas ruivas e seios fartos, tem amor com mamilo rosa, e com mamilo escurinho também.

E isso só evidência a magia do lugar.

O homem se sente livre no puteiro, como jamais se sentiria em qualquer outro lugar – mesmo no quarto com sua namorada maravilhosa que faz de tudo para satisfazê-lo –, a verdade é que não tem jeito, o antro da perdição é onde gostamos de estar.

Seja pela facilidade, seja pela honestidade, eu acredito que seja pela liberdade.

É difícil entender essa relação, afinal de contas a relação de amor do homem com o puteiro é milenar.

Não é a toa que puta é a profissão mais antiga do mundo.

E eis que chegamos ao ponto central desta prosa: A PUTA!

A puta é uma mulher diferente de todas as outras – engana-se quem tem aquela imagem da mulher sofrida e sem opções – ser puta é moleza – ou dureza – e pagasse bem por isso. E uma boa puta sabe bem o que o seu cliente quer.

E isso a diferencia da mulher normal.

A dinâmica de uma relação “comum” é algo complicado por si só.

E nós homens nos esforçamos ao máximo por vocês mulheres.

Mas em 90% dos casos é difícil acompanhar o ritmo.

As famosas DR’s, o humor inconstante, a facilidade de complicar tudo o que um dia foi simples, são coisas que nos deixam de cabelo em pé, mesmo que no fundo a gente goste de tudo isso – isso faz parte do “gostar de mulher”–, mas nem por isso não podemos nos dar uma folga de toda essa loucura.

E no puteiro, jovem, nada disso existe.

Basta um papo rápido e combinar alguns detalhes – sem burocracia –, e pronto, ela fará o seu papel, será exatamente a mulher que você deseja ter naquela hora.

Ela será sua vadia e falará todas as sacanagens que você quer ouvir.

Ela será doce e meiga, e sussurrará no seu ouvido o quão especial você é – mesmo sendo mentira, mas paga-se por isso também.

Ela irá te beijar – sim 75% dos caras que vão ao puteiro beijam as putas, e não adianta mentir, porque eu sei que você beijou também –, te tocar, te fazer gozar e te deixar maluco, alinhando experiência e uma técnica apurada que deixaria qualquer enxadrista com inveja.

Se paga por tudo na vida, e da mesma forma que paga-se por uma ilusão, pagamos por um “amor” com data de validade e mesmo que existam puteiros e puteiros – alguns finos, outros sujos, em alguns com mulheres elegantes, outros com mulheres praticamente nuas – no fim o que realmente importa é a puta e todo o amor que ela lhe dará em troca dos teus cruzeiros.

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