Bruno
Knott
Adaptação
de uma história em quadrinhos criada por Robert Kirkman, o seriado
The Walking Dead é um dos maiores sucessos da televisão,
principalmente em termos de público.
O
enredo mostra um grupo de pessoas tentando sobreviver a um mundo
tomado por zumbis, algo que os leva a uma completa exaustão física
e emocional, afinal deve-se temer tudo e todos.
Devemos
exaltar a incrível qualidade da maquiagem e dos efeitos especiais em
cenas de muito sangue e violência. Mas ele é muito mais do que
isso.
Daqui
para frente… spoilers!
The
Walking Dead não é exatamente um seriado sobre zumbis. O objetivo
principal é focar na reação dos seres humanos diante da presença
dos zumbis e do caos que se segue, algo que é feito com maestria.
Tensão, suspense, drama e sequências chocantes não faltam.
Quando
achamos que os personagens já passaram por situações extremas o
suficiente, logo somos surpreendidos por algo ainda mais intenso e
catastrófico.
São
vários os pontos que podemos destacar ao longo dessas quatro
temporadas.
O
que mais me chama a atenção é o arco narrativo de alguns
personagens. O apocalipse zumbi foi capaz de fazer pessoas covardes e
passivas se transformarem em líderes, mas também potencializou a
loucura latente de alguns.
O
fato é que em uma situação de fim de mundo como essa, deve-se
fazer o necessário para sobreviver. Não existe aquela coisa de
mocinho e bandido, de certo ou errado. A questão é não se
transformar em um errante e proteger aqueles que você se importa.
Agora
o que me vem a mente é o seguinte: vale a pena todo esse esforço?
Até que ponto alguém aguentaria viver 24 horas por dia sob tensão,
sem perspectiva de melhoras? Se algum dia for descoberta uma cura,
será que aqueles que não se transformaram em zumbis serão capazes
de se recuperar dos inúmeros traumas vividos? Difícil dizer, mas
muito interessante de se pensar.
Graças
às ótimas atuações e ao sólido desenvolvimento dos personagens,
nossa ligação com eles é enorme. Sentimos cada perda e tememos
cada encontro com errantes ou com outros grupos, pois podemos estar
diante de uma despedida.
Fico
na torcida para que o seriado não se prolongue demais. Acredito que,
como Lost, seis temporadas são mais do que suficientes para que nos
entreguem uma história interessante (com alguns deslizes, o que é
normal) e com um fim digno.
A
quinta temporada estreia no dia 12 de outubro. Ficaremos ligados!
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