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quinta-feira, julho 11, 2013

Anderson Silva: deu no octógono!


Marcelo Madureira

Deu no jornal que a luta em que o Anderson Silva perdeu para o Chris Weldman foi marmelada. 

Os americanos resolveram investigar a coisa depois que descobriram uma aposta de um milhão de dólares em Weldman, um ponto totalmente fora da curva, afinal a vitória do lutador americano estava pagando 17 para um.

O problema é que a coisa se deu nos Estados Unidos e lá estas coisas são investigadas mesmo.

Em 1919, o famoso gangster Arnold Rothstein “comprou” o time do Chicago White Sox para perder na final da World Series.

World Series é como eles  chamam o campeonato nacional de beisebol.

Desde então, mordidos de cobra, passaram a prestar mais atenção neste relacionamento esquisito entre esporte e aposta.

Se for verdade a tramóia vai ser um rude golpe no MMA, coisa que já virou mania nacional.

Me refiro a ambos: tramóia e MMA. 

No meu tempo de menino tinha o Tele Catch Montilla, que passava na TV Globo.

Os atletas tinham nomes criativos como Verdugo, Mongol, Tigre Paraguaio e o maior de todos, o Ted Boy Marino.

O juiz das contendas era o popular Crispin, um senhor magrinho e careca, mas que insistia em manter uma de franja na testa, tudo o que restou de uma vasta cabeleira. 

Nos momentos decisivos das lutas, Crispin afastava a franja que atrapalhava a sua visão com um elegante golpe de mão.

Mas existe uma diferença essencial entre o Tele Catch de outrora e o MMA de hoje em dia.

No Tele Catch era tudo de mentirinha, mas mesmo assim, o narrador, Tércio de Lima, não cansava de insistir para a garotada “para não tentar fazer isso em casa”.

Nenhuma crítica a quem gosta, mas não consigo gostar desse negócio de porradaria.

E olha que sou faixa preta de judô, o qual pratico com prazer até hoje.

Não entendo como um bando de homens se junta para ver dois caras se espancando e ter algum prazer nisso.

Os lutadores eu até entendo: eles ganham para isso.

Prazer! Essa é palavra chave!

Qualquer psicanalista de porta de inconsciente percebe que no fundo (e com trocadilho, fazendo favor) aquela rapaziada vai lá para vibrar (gozar e eventualmente sofrer) com os seus paradigmas de machos musculosos untados de óleos.

Aquelas mocinhas gostosas que desfilam por ali, carregando aqueles cartazes de tempo e coisa e tal, são o disfarce que não disfarça, pelo contrário, é o atestado definitivo de que freqüentar estádio de MMA é o mesmo que ser habitué de saunas suspeitas.

Enfim, coisa de veado.

E nada contra os veados assumidos, boiolas de raiz (bota aqui mais trocadilho, fazendo o favor).

As bichas assumem que assistem só  para ver os “bofes” se pegando.

Eu acho que está mais do que na hora dos fãs do Anderson Silva tomarem coragem e “sair do octógono”.

Tenho dito.

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