André Chaves
No início do segundo semestre de 2011, foi divulgada a lista
das 50 pessoas mais influentes para as finanças globais, segundo uma famosa
publicação americana, e um presidente de um grande grupo empresarial brasileiro
foi o único brasileiro citado na categoria “empreendedores inovadores”, como um
dos dez empresários do ranking mundial.
No inicio de 2012, este mesmo brasileiro foi escolhido por
uma renomada revista nacional uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, ao
lado de personalidades da política, da economia e do entretenimento.
Pelo sexto ano consecutivo, em 2012, em mais um prêmio para
sua coleção, ele é citado como um dos 100 brasileiros mais influentes do ano.
Ele também esteve na lista dos 100 mais influentes de 2010
e, em 2011, foi destaque como um dos principais líderes mobilizadores e
revolucionários no mundo dos negócios nacionais e internacionais, segundo uma
importante revista de negócios .
Após pesquisa com mais de mil empresários, este mesmo
cidadão foi eleito o “Líder mais admirado no Brasil” por uma revista bem
prestigiada, que levou em consideração critérios como responsabilidade social,
ética, respeito pelo consumidor e qualidade de produtos e serviços. Isso sem
falar num sem número de conquistas em publicações internacionais.
O maior jornal do Brasil destaca este personagem como
exemplo de empreendedor.
Estamos falando de quem?
Estamos falando de um ex-grande empresário que hoje agoniza
com a dilapidação de suas empresas e de seu patrimônio.
Se fizermos uma reflexão um pouco mais profunda, será que no
mercado de comunicação, no Brasil e no mundo, os veículos não deveriam investigar
melhor a origem dos fatos, a história antes de classificá-los?
Será que os orgãos de mídia estão deixando de apurar a fundo
os fundamentos, com a justificativa de estarmos vivendo uma era do tempo real,
da noticia imediata?
Em um momento em que existem milhares de fontes, notícias, é
fundamental resguardarmos um dos pilares do jornalismo: o compromisso com a
verdade factual, apurada e investigada.
Tudo isso para não corrermos mais risco de criarmos super
heróis da noite para o dia e termos de nos justificar mais tarde de que não
sabíamos o que estávamos escrevendo, classificando ou julgando.
Formar opinião tem um grande valor, mas a responsabilidade é
proporcional.
André Chaves é
presidente e CEO do iG e escreve quinzenalmente a coluna Quociente Criativo, no
jornal Brasil Econômico.
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