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quinta-feira, julho 04, 2013

Luma Gomes: uma perda irreparável!


Na madrugada de sexta para sábado último, Luma Gomes, filha caçula do poeta amazonense João Bosco Gomes e acadêmica de Direito, foi fazer um lanche no Mc Donald, em Realengo (RJ), no carro de seu pai, na companhia de dois amigos, com um deles, Patrick, dirigindo o veículo.

Na volta pra casa, um motociclista roletou o sinal vermelho, Patrick se assustou, perdeu a direção, a roda travou, o carro capotou e foi de encontro a uma árvore.

A Luma não resistiu ao impacto, vindo a falecer horas depois, após passar por uma cirurgia no Hospital Público Alberto Suache.

Há dois meses, Luma tinha vindo a Manaus nos presentear, a mim e ao Marius Bell, com os livros autografados pelo artista plástico Benício, enviados pelo João Bosco Gomes.

A redação do CANDIRU e o mocó estão de luto.

Jornalista, poeta e escritor, João Bosco Gomes foi meu contemporâneo no Grupo Escolar Getúlio Vargas e depois meu colega de classe na Escola Técnica Federal do Amazonas.

Ele se mudou para o Rio de Janeiro em 1976, onde casou com a Arléa e vive até hoje.

É dele esse texto abaixo, publicado um dia após a Manifestação, no Rio de Janeiro, na Av. Presidente Vargas:

Cada vez que eu vejo, alguém falando que ao invés de estarmos mudando o país, estamos acabando com ele, eu fico com pena com a falta de informação que essa pessoa tem, com pena do pensamento pequeno e mesquinho, que por ela, continuaria sem ao mesmo lutar contra esse governo, que só nos pisa, que ontem, para mais de 1 milhão de pessoas, se mostrou ditatorial e opressivo.

Crianças, jovens e idosos estavam no protesto, de UM MILHÃO, 300 eram vândalos, e colocaram a polícia, o BOPE, a FORÇA NACIONAL, e o EXÉRCITO nas ruas!

Mas, adivinhem, pessoas que só assistem a Globo, não saem de casa e queriam mais é que parássemos, e deixássemos as coisas continuarem do mesmo jeito, a sua querida Globo e todos os outros canais, PARARAM de informar quando todas essas forças de forma INJUSTA começou a oprimir, bater, cercar pessoas inocentes, que estavam apenas lutando por um direito delas, sobrando apenas o RÁDIO, para sabermos o que acontecia com as pessoas que estavam lá.

Então por favor, parem de falar merda, saiam de frente da televisão, da sua zona de conforto, e vai lá ver o que acontece na rua, quando vamos exigir, o que é nosso POR DIREITO!

Post Scriptum:

Minha caloura de Direito, descanse em Paz!

Caros amigos e familiares, obrigado pela força!

Estou ainda atordoado com a perda abrupta da minha caçula Luma.

A minha vontade é só de chorar pelos cantos da casa que agora está imensamente vazia.

Procuro não ouvir os miados da Anita e nem olhar para o labrador Radar e tê-los como se perguntando por ela...

Ligo no facebook para me confortar com as mensagens, mas logo desligo, pensando como fazermos para reinventar a vida sem a contagiante presença carinhosa e determinada da Luma.

Deus há de mostrar uma luz para nós enxergarmos uma saída.

Tenho a Arléa, a Lia, a nossa família e dezenas de jovens e familiares que distintamente ela me proporcionou conhecer e compartilhar da vossa amizade.

Quero agradecer ao Padre Marcelo da Paróquia São Lourenço de Bangu e também aos meus sobrinhos Charles & Tércia, as minhas irmãs Célia, Dora e a minha sobrinha Tatiana, pelas orações e cânticos de conforto na Capela “A”, do Jardim da Saudade, em Sulacap.

“Ele me invocará, e eu lhe responderei;

Estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei.

Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação.” (Salmo 91).

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