A Zona Franca de Manaus (ZFM) foi idealizada pelo Deputado
Federal Francisco Pereira da Silva e criada pela Lei Nº 3.173 de 06 de junho de
1957, como Porto Livre. Dez anos depois, o Governo Federal, por meio do
Decreto-Lei Nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, ampliou essa legislação e
reformulou o modelo, estabelecendo incentivos fiscais por 30 anos para
implantação de um polo industrial, comercial e agropecuário na Amazônia.
Foi instituído, assim, o atual modelo de desenvolvimento,
que engloba uma área física de 10 mil km², tendo como centro a cidade de Manaus
e está assentado em Incentivos Fiscais e Extrafiscais, instituídos com objetivo
de reduzir desvantagens locacionais e propiciar condições de alavancagem do
processo de desenvolvimento da área incentivada.
Eleito governador, no dia 3 de setembro de 1966, em votação
simbólica feita pela Assembleia Legislativa do Amazonas, o empresário Danilo
Duarte de Mattos Areosa tomou posse no dia 31 de janeiro de 1967, com a
incumbência de tirar a ZFM do papel.
Considerado unanimemente o melhor governador do Amazonas
durante o período militar, Danilo Areosa nasceu no dia 24 de julho de 1921, em
Manaus, filho do comendador Antônio Duarte de Mattos Areosa e de Dona Carlota
de Mattos Areosa, portugueses radicados na cidade e que aqui estão enterrados.
Sua infância foi vivida em Manaus, onde sua família desfrutava de alto conceito
social. Com 18 anos, viajou para Portugal, onde fez o curso de Humanidades,
Comercial e Contabilidade em Lisboa.
Retornando ao Brasil, completou a sua formação acadêmica
dedicando-se ao comércio e à pesquisa de numismática, sociologia e urbanismo,
em cuja ciência aprofundou seus estudos e especializações chegando a ser uma
das maiores autoridades no assunto.
Tão logo assumiu o governo, Danilo Areosa elaborou um plano
racional de trabalho para os seus quatro anos de mandato, que procurou executar
sem fazer alarde, como era de seu feitio.
Assim, logo no primeiro dia de sua administração, reuniu
todo o corpo de técnicos do Estado e discutiu em mesa redonda os planos já
elaborados, recebendo sugestões e anotando aquelas que julgava necessárias ao
êxito de sua administração. Seu gabinete se transformou em uma sala de estudos
permanente, onde se processavam as revisões de antigos planos e a ampliação dos
já aprovados para a devida execução.
Ele foi o principal responsável pela eletrificação do
interior. Do total de 26 usinas termelétricas em pleno funcionamento no fim de
seu governo, apenas três não haviam sido construídas por ele (Itacoatiara,
Parintins e Manacapuru), mas outras cinco já estavam em fase final de
acabamento (Nhamundá, Silves, Itapiranga, Anori e Urucurituba).
Uma das primeiras medidas do governador Danilo Areosa foi
criar o Departamento de Promoções e Turismo (Depro), entregue ao jornalista
Joaquim Marinho, com a incumbência de estimular a incipiente indústria do
turismo. E a grande vitrine para o turismo, na época, ainda era o Festival
Folclórico do Amazonas.
Coordenador do festival, o jornalista Luiz Verçosa estava
meio acabrunhado em decorrência da baixíssima participação dos grupos
folclóricos na pajelança anterior. Era o seu terceiro ano à frente do festival
e, no histórico décimo aniversário do evento, ele só havia conseguido 41
agremiações (em 1963, Bianor Garcia havia conseguido a inscrição de 93 grupos e
perigava colocar 120 na rua, no ano seguinte, se não tivesse ocorrido o golpe
militar...). Alguma coisa estava fora de ordem.
Foi quando ele teve a brilhante ideia de escolher
previamente uma Comissão Julgadora de alto nível para ajuda-lo a selecionar os
grupos folclóricos que participariam do festival daquele ano, por meio de
indicações e sugestões.
Na sequência, enviou um ofício ao governador Danilo Areosa,
pedindo seu apoio pessoal para a realização do festival. O governador não só se
prontificou em ajudar, como indicou para seu representante legal na referida
comissão o próprio secretário de Educação e Cultura, Vinicius Câmara.
Por causa do gigantismo de alguns grupos (a Tribo dos
Andirás havia se apresentado na última edição com 300 brincantes!), Luiz
Verçosa solicitou do governador um novo tablado de 900 m² (30 X 30m). Foi
atendido.
Não bastasse isso, Danilo Areosa disponibilizou
antecipadamente no Banco do Estado do Amazonas os valores relativos à ajuda
financeira para os grupos folclóricos, baseado nos valores concedidos pelo
governador Arthur Reis no ano anterior. Bumbás, Tribos e Pássaros, NCr$ 500,00
(R$ 10 mil, em valores de hoje). Garrotes e Danças Nordestinas, NCr$ 400,00.
Danças Regionais e Quadrilhas Adultas, NCr$ 300,00. Quadrilhas infantis, NCr$
200,00.
O cruzeiro novo (NCr$) foi uma moeda que circulou
transitoriamente no Brasil no período entre 13 de fevereiro de 1967 e 14 de
maio de 1970. Esse padrão foi criado em virtude da perda de valor do cruzeiro,
moeda que estava em vigor desde 1942 e que sofreu enorme depreciação por conta
do aumento da inflação ocorrido por conta da instabilidade política e das
contas públicas em descontrole.
Em virtude disso, foi preparada uma reforma monetária, na
qual a nova moeda recebeu o nome de cruzeiro novo, para se evitar que houvesse
confusão de valores entre as cédulas que seriam preparadas para o novo padrão
com as do padrão então existente.
Um cruzeiro novo era o equivalente a mil cruzeiros do padrão
então circulante, sendo que as cédulas remanescentes do padrão antigo foram
carimbadas com valores entre 1 centavo e 10 cruzeiros novos.
Estas cédulas foram sendo gradualmente substituídas pelas
novas cédulas que foram colocadas em circulação em 1970, com a retomada da
denominação cruzeiro e foram retiradas de circulação entre 1972 e 1975, quando
apenas as cédulas do novo padrão passaram a ter valor legal.
Além de Vinicius Câmara, a Comissão Julgadora contava com os
seguintes membros: desembargador João Corrêa (presidente), coronel Ernâni
Teixeira (comandante da PM), Guanabara Araújo (teatrólogo), Gebes de Melo
Medeiros (teatrólogo), Herculano de Castro e Costa (jornalista) e professores
Garcitilzo do Lago e Silva, José Braga, Antonieta Coelho, Lourdes Mota e Rubim
de Sá.
Nunca ficou claro se as sugestões e recomendações feitas
pela Comissão Julgadora foram acatadas integralmente por Luiz Verçosa, mas o
certo é que a inscrição de grupos folclóricos naquele ano superou as
expectativas mais otimistas: 55 grupos se credenciaram para participar do
festival, alguns deles fazendo sua estreia na competição. Um salto
significativo de 30% em relação ao ano anterior.
Os grupos foram divididos em oito categorias e a Comissão
Julgadora elegeria somente o campeão de cada uma delas:
Bumbás: Caprichoso, Tira Teima, Garantido, Tira Prosa, Rica
Prenda e Coringa.
Garrotes: Luz de Guerra, Malhado, Raio de Sol, Mineirinho,
Mina de Prata, Sete Estrelas, Canarinho, Pena de Ouro, Pingo de Ouro, Dois de
Ouro, Campineiro e Flor do Campo.
Quadrilhas adultas: Araruama na Roça, Glorianos no Roçado,
Escocesa, Juventude na Roça, Soçaite no Interior, Ajuri no Arraial, Jorgeanos
no Mamoal, Borboleta de Verão, Flor Selvagem e Matutos Assanhados.
Quadrilhas mirins: Brotinhos do Eldorado, Curumins da
Colina, Brotinhos da Ayrão, Caboclinhos do Amazonas, Brotinhos de São Lázaro, Brotinhos
da Barelândia, Gaveanos no Roçado, Caboclinhos de Brasília, Araruaminha na
Roça, Filhos do Primo do Cangaceiro, Dança de Roda da Tia Júlia e Dança de Roda
Ciranda.
Tribos: Iurupixunas, Maués e Andirás.
Danças regionais: Gafanhoto, Peixe Vivo, Cacetinho
(Tarianos) e Legendária Sucuriju do Grande Lago.
Pássaros: Japiim, Corrupião e Bem-te-vi.
Danças Nordestinas: Bando de Antônio Silvino, Cabras do
Lampião, Cangaceiros da Chapada, Maneiro Pau e Primo do Cangaceiro.
A Comissão Julgadora também instituiu o prêmio “Raimundo
Nascimento Fonseca – Zé Ruindade”, para o melhor amo de garrote, e o prêmio
“Pedro Beira-mar”, para o melhor amo de bumbá.
O regulamento era simples. Cada garrote ou bumbá indicaria
um amo para representa-lo. O amo deveria enfrentar seu adversário através de um
desafio versificado.
Os versos cantados por um amo teriam que ser respondidos
pelo amo adversário, logo após a cantoria do primeiro, não podendo cada verso
ultrapassar 30 segundos, nem a resposta, intervalo superior ao mesmo tempo.
Os versos não poderiam fugir do tema folclórico sob pena de
desclassificação do infrator.
A duração da competição seria de 20 minutos. Os contendores
das pelejas seriam sorteados pela Comissão Julgadora minutos antes de começar o
torneio.
As inscrições dos amos poderiam ser feitas até 18 de junho,
domingo, com o jornalista Luiz Verçosa.
No dia 20 de junho, o matutino O Jornal publicou uma matéria
intitulada “Milhares de assistentes vibraram e aplaudiram a abertura do
Festão”:
Uma
incalculável multidão compareceu ao Estádio General Osório, domingo, à tarde,
para prestigiar com sua presença a abertura do XI Festival Folclórico do
Amazonas, que se constituiu num espetáculo de exuberante alegria popular. Além
do povo, que acorreu em massa para aquele logradouro público, figuras as mais
representativas da nossa sociedade também prestigiaram aquele espetáculo de
cores e ritmos, numa demonstração soberba do que é o festão do Povo.
AUTORIDADES
PRESENTES – Assim, ali estiveram presentes o Governador Danilo de Mattos
Areosa; Prefeito Municipal, Dr. Paulo Pinto Nery; Coronel João Walter,
representando o Presidente da República, Marechal Costa e Silva, e o Ministro
do Interior; senhores Ivanhoé Gonçalves Martins. Governador do Amapá; Hélio
Campos, Governador de Rondônia; Vice-Governador do Estado, Dr. Ruy Araújo;
General Ayrton Tourinho, Comandante do Grupamento Especial de Fronteiras e da
Guarnição Federal de Manaus; Vinicius Câmara, Secretário de Educação e Cultura;
Francisco Lamartine Nogueira e Wanderley Normando, Presidente e Diretor do
BASA; Coronel Floriano Pacheco, Superintendente da Zona Franca de Manaus;
Deputados Federais José Lindoso e Raimundo Parente; Coronel Ernâni Teixeira,
Comandante da Polícia Militar do Estado; Dalmo Geuino de Oliveira, Coronel
Joaquim Lopes, Napoleão Dória e Neper Antony, destacados funcionários da SUDAM,
além de muitas outras autoridades.
O
DESFILE – Como se sabe, o desfile foi retardado um pouco, face à chuva que caiu
justamente minutos antes da hora marcada para o início. Contudo, com a
estiagem, logo se processou a belíssima parada de ritmos e cores, e o povo,
como sempre, ávido por assistir o monumental espetáculo, fez-se pronto e
disposto a aplaudir os milhares de brincantes. Terminada aquela parte, o Dr.
Paulo Pinto Nery, Prefeito Municipal, fez uso da palavra, como Governador da
Cidade, e logo mais passou-a ao Governador do Estado, Dr. Danilo de Mattos
Areosa, que em breves palavras congratulou-se com todos os presentes.
INICIADAS
AS APRESENTAÇÕES – À noite de ontem, como estava programado, iniciaram-se as
apresentações, de acordo com o programa previamente elaborado, e grande massa
compareceu para aplaudir os conjuntos, que muito bem ensaiados, fizeram suas
primeiras exibições no tablado, para hoje prosseguirem com a apresentação de
outros grupos. As apresentações prolongar-se-ão até o dia 29 do corrente, data
do encerramento.
A ordem de apresentação do XI Festival, com 55 grupos
inscritos e mais de 5 mil brincantes, ficou assim definida:
Dia 18 (domingo) – Desfile de todos os conjuntos, a partir
das 15 horas, da Praça São Sebastião ao General Osório. Abertura do festival
pelo prefeito Paulo Nery. Saudação do governador Danilo Areosa. Apresentação da
Comissão Julgadora.
Dia 19 (segunda) – À noite. Garrote Raio do Sol, Dança
Nordestina Bando do Antônio Silvino, Quadrilha Borboletas do Verão, Dança
Nordestina Cangaceiros da Chapada e Garrote Canarinho.
Dia 20 (terça) – À noite. Quadrilha Escocesa, Garrote
Mineirinho, Dança Regional Gafanhoto, e Bumbá Tira-Teima.
Dia 21 (quarta) – À noite. Garrote Luz de Guerra, Pássaro
Bem-te-vi, Bumbá Caprichoso, Dança Regional Cacetinho (Tarianos) e Tribo dos
Andirás.
Dia 22 (quinta) – À noite. Garrote Malhado, Quadrilha
Araruama na Roça, Tribo dos Maués e Bumbá Garantido.
Dia 23 (sexta) – À noite. Quadrilha Glorianos no Roçado,
Garrote Mina de Prata, Dança Regional Legendária Sucuriju Grande do Lago,
Quadrilha Ajuri no Arraial e Garrote Flor do Campo.
Dia 24 (sábado) – À tarde. Quadrilha Mirim Brotinhos do
Eldorado, Quadrilha Mirim Curumins da Colina, Quadrilha Mirim Brotinhos da
Ayrão, Quadrilha Mirim Caboclinhos do Amazonas, Quadrilha Mirim Brotinhos de
São Lázaro e Dança de Roda Ciranda. À noite. Quadrilha Soçaite no Interior,
Pássaro Corrupião, Garrote Pingo de Ouro, Quadrilha Matutos Assanhados e Bumbá
Coringa.
Dia 25 (domingo) – À tarde. Quadrilha Mirim Gaveanos no
Roçado, Quadrilha Mirim Brotinhos da Barelândia, Quadrilha Mirim Araruaminha na
Roça, Quadrilha Mirim caboclinhos de Brasília, Quadrilha Mirim Filhos do Primo
do Cangaceiro, e danças e Cantigas de Roda da Tia Júlia. À noite. Garrote Pena de Ouro, Quadrilha Juventude na
Roça, Dança Nordestina Primo do Cangaceiro, Dança Regional Peixe Vivo e Bumbá
Rica Prenda.
Dia 26 (segunda) – À noite. Quadrilha Flor Selvagem, Garrote
Sete Estrelas, Dança Nordestina Maneiro Pau, Dança Nordestina Cabras do Lampião
e Garrote Campineiro.
Dia 27 (terça) – Garrote Dois de Ouro, Quadrilha Jorgeanos
no Mamoal, Pássaro Japiim, Tribo dos Iurupixunas e Bumbá Tira Prosa.
Dia 28 (quarta) – Noite especial com a competição de amos de
bumbás e garrotes.
Dia 29 (quinta) – Desfile de encerramento, com o anúncio
dos campeões e escolha das rainhas.
No dia 30 de junho, o vespertino Diário da Tarde publicou
uma matéria intitulada “Grande multidão assistiu ao encerramento do Festão”:
Ontem
à tarde, perante grande multidão que, desde cedo, lotou todas as dependências
do Estádio General Osório, foi encerrado brilhantemente o XI Festival
Folclórico do Amazonas, soberba realização dos líderes da imprensa amazonense,
com o apoio do Governo Danilo Areosa, Prefeito Paulo Nery, Comando do GEF e GFM
e da CEM. Houve desfile de todos os grupos participantes do certame,
constituindo espetáculo maravilhoso de ritmos e de cores. Foram proclamados os
vitoriosos, dentre estes, o bumbá Caprichoso, o garrote Luz de Guerra, o
Pássaro Bem-te-vi, a Tribo dos Andirás, etc.
O governador
Danilo Areosa, por motivos alheios à sua vontade, não pode comparecer ao
encerramento do “Festão”, sendo representado, no ato, pelo coronel Themístocles
Trigueiro, chefe da sua Casa Militar. Estiveram presentes diversas autoridades,
dentre estas o prefeito Paulo Nery e o general Ayrton Tourinho, comandante do
GEF e da GFM.
Coube ao
prefeito fazer a oração de despedida do XI Festival e de saudação ao XII
Festival, cujos preparativos, ontem mesmo, foram iniciados, porque o governador
Danilo Areosa e o prefeito Paulo Nery, conforme este declarou em seu discurso,
querem para 1968, um “Festão” maior do que o deste ano, com ampla repercussão
em todo o País e no estrangeiro. Paulo Nery foi bastante aplaudido.
Computado os pontos de todos os grupos, a Comissão Julgadora
apontou os seguintes campeões, ocorrendo alguns empates no primeiro lugar:
Bumbás: Caprichoso e Tira Prosa.
Garrotes: Luz de Guerra e Malhado.
Tribo: Andirás.
Dança Regional: Cacetinho (Tarianos) e Gafanhoto.
Dança Regional do Brasil: Maneiro Pau.
Pássaro: Bem-te-vi e Corrupião.
Quadrilha adulta: Ajuri no Arraial.
Quadrilha mirim: Caboclinhos do Amazonas.
Dança de roda: Ciranda.
Outros Grupos: Filhos do Primo do Cangaceiro.
Melhor Brincante: Ermelindo Gomes (Rapaz do Amo do bumbá
Caprichoso).
Melhor Amo de Garrote: Edson Beicinho (Luz de Guerra) e
Raimundo Nonato da Silva (Malhado).
Melhor Amo de Bumbá: José Ribamar do Nascimento (“Zé Preto”,
do Caprichoso).
Rainha do Festival: Elisa Maciel (Quadrilha Juventude na
Roça).
Rainha de Beleza: Maria Aparecida de Lima (Pássaro Japiim).
Rainha Mirim: Susana Costa (Filhos do Primo do Cangaceiro).
Rainha de Beleza Mirim: Francinete Souza (Dança de Roda
Ciranda).
Nesse ano, por algum motivo, não houve a escolha do “Campeão
dos Campeões” e o cobiçado troféu ficou definitivamente – e com justiça, é bom
frisar – com a Tribo dos Andirás.
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