Por Mariana Santos
Cada vez mais é comum escutarmos sobre o empoderamento
feminino ou até mesmo falarmos sobre ele no nosso dia a dia. Mas você sabe o
que significa? Já parou para pensar no impacto deste conceito em seu cotidiano?
Vamos começar falando um pouco sobre o tal empoderamento, o
que ele significa? Segundo o dicionário, empoderar significa “conceder ou
conseguir poder; obter mais poder; tornar-se ainda mais poderoso.” Paulo Freire
foi o primeiro a traduzir o termo para o português e para ele empoderamento é a
“capacidade do indivíduo realizar, por si mesmo, as mudanças necessárias para
evoluir e se fortalecer”.
Assim, podemos definir o empoderamento feminino como o
movimento em que a mulher toma poder para si, buscando se fortalecer e promover
ações pela igualdade de gênero. Também podemos considerar o empoderamento como
uma maneira da mulher tomar as rédeas da sua vida, tomando as decisões sobre
ela e fazendo suas próprias escolhas.
Quando olhamos para a criação da maioria das mulheres,
percebemos que muitas vezes o outro (em sua maioria, do gênero masculino),
acaba por tomar as decisões referentes à vida delas e assim, por diversas vezes
fazem as “escolhas” por elas, de acordo com o que consideram mais adequado.
Com
essa falta de autonomia sobre as nossas vidas, crescemos e mesmo na vida adulta
deixamos que o outro tome as decisões sobre o nosso dinheiro, carreira,
vestimentas, entre outros. E assim, nos apagamos enquanto protagonistas da
nossa história.
Por isso o movimento do empoderamento feminino se torna tão
importante para o protagonismo das mulheres, pois ele devolve à mulher o poder
sobre as suas decisões, deixando-as livres para que façam suas escolhas.
Ao falarmos de mulheres empoderadas, não estamos falando
apenas das mulheres em cargos de liderança ou de mulheres empreendedoras, aqui
entra aquela famosa frase “lugar de mulher é onde ela quiser”, ou seja, se é
uma escolha da mulher ser dona de casa, médica, engenheira, caminhoneira,
eletricista ou psicóloga, isso a torna uma mulher empoderada, pois sua decisão
foi baseada em suas escolhas e no que ELA considera que é o melhor para sua
realização pessoal.
O empoderamento feminino não é apenas um movimento interno
da mulher, é um movimento social, para que este movimento seja realmente
efetivo e assim se conquiste a igualdade de gênero, é necessária a contribuição
de todas e todos. É necessário que toda a sociedade participe e passe a
empoderar a mulher seja na família, faculdade, trabalho, etc.
A ONU Mulheres
criou uma cartilha com os princípios para o empoderamento das mulheres e para
alcançar a igualdade de gênero no Brasil. Segundo a cartilha, os 7 princípios
para o empoderamento das mulheres são:
1. A liderança promove a igualdade de gênero: Estabelecer
liderança corporativa de alto nível para a igualdade de gênero.
2. Igualdade de oportunidades, inclusão e não-discriminação:
Tratar todos os homens e mulheres de forma justa no trabalho – respeitar e
apoiar os direitos humanos e a não-discriminação.
3. Saúde, segurança e fim da violência: Garantir a saúde, a
segurança e o bem estar de todos os trabalhadores e as trabalhadoras.
4. Educação e formação: Promover a educação, a formação e o
desenvolvimento profissional das mulheres.
5. Desenvolvimento empresarial e práticas da cadeia de
fornecedores e de marketing: Implementar o desenvolvimento empresarial e as
práticas da cadeia de suprimentos e de marketing que empoderem as mulheres.
6. Liderança comunitária e envolvimento: Promover a
igualdade através de iniciativas e defesa comunitária.
7. Transparência, medição e relatórios: Mediar e publicar os
progressos para alcançar a igualdade de gênero.
Embora seja necessário que toda a sociedade participe e
passe a empoderar cada vez mais as mulheres para alcançarmos a igualdade de
gênero, muitas mulheres não conseguem assumir o empoderamento.
Esta dificuldade
muitas vezes está ligada com a baixa autoestima, pois como somos criadas com o
outro tomando nossas decisões e muitas vezes não acreditamos que somos capazes,
não conseguimos assumir uma postura empoderada.
Assim, buscar uma psicóloga ou
psicólogo pode auxilia-la a trabalhar sua autoestima e se fortalecer para que
assim se torne protagonista da sua própria história.
Fontes:
https://www.dicio.com.br/empoderar/
http://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2016/04/cartilha_WEPs_2016.pdf
http://www.mulheresconectadas.com.br/10021-2/
Mariana Santos
CRP 06/126116
Psicóloga Clínica, graduada em Psicologia pela UNIP.
Conhecimento avançado em LIBRAS – Língua Brasileira de
Sinais (Derdic/PUC-SP).
Atende na Chácara Santo Antônio – São Paulo/SP
Contatos:
Fone: (11) 95490-5944
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