Por Marcos de Vasconcellos
Certa vez, eu subia o Champs-Elysées, numa fantástica manhã
de primavera, dirigindo meio ao tráfego impaciente de Paris, quando vi cruzar à
minha frente a ilustre e querida figura de Aloysio Salles, na época presidente
honorário do bar Antônio’s. O Aloysio tem uma voz e um estilo peculiaríssimo,
que imito à perfeição. Como não pude parar para abraçá-lo, berrei com a voz
dele:
– Presidente! Presidente!
Ele voltou-se. Alegríssimo, primaveril, acenando:
– Procure-me! Procure-me!
– Onde, Aloysio? – gritei, já meio abafado pelo gendarme que
me fazia sinais enérgicos para desobstruir o trânsito.
A resposta que recebi foi absolutamente surrealista:
– Aqui! Aqui! – disse ele apontando para o lugar onde
estava.
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