Junho de 1996. Na saída do Bumbódromo, em Parintins, o
escritor Antônio Faria, filho do conhecido comerciante José Pedro Faria e
torcedor fanático do bumbá Garantido, inicia uma discussão com o vereador Gil
Gonçalves, filho do ex-prefeito Gláucio Gonçalves e torcedor fanático do bumbá
Caprichoso.
O bate-boca começa sobre a falta de criatividade dos
respectivos bumbás, compras de jurados, baixa qualidade das toadas apresentadas
na arena e por aí afora.
Depois de uma série de acusações de parte a parte, a
baixaria descamba rapidamente para uma troca de ofensas pessoais.
– E teu irmão, o Zezinho Faria, que pra se eleger deputado
estadual comprou votos no Itaúnas, mas não pagou os cabos eleitorais! – detona
Gil.
– E teu irmão, o Enéas Gonçalves, que pra se eleger deputado
estadual, também fez o mesmo com os moradores do João Novo e do Palmares! –
devolve Antônio.
– E o teu pai, que
compra móveis usados em Belém e vende em Parintins como se fossem novos! –
dispara Gil.
– E o teu pai, que desvia dinheiro da prefeitura e dá de
esmola pros pobres como se a grana fosse dele! – devolve Antônio.
Gil resolve partir para o golpe baixo e desqualificar o
próprio adversário:
– E tu, que fuma maconha!
Antônio devolve na mesma moeda:
– E tu, que não fuma!!!
A discussão acabou na mesma hora. Depois de uma resposta
dessas, Gil Gonçalves ia fazer o que? Ô raça!
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