Responsável direto pela maior desmoralização já sofrida pela
Associação Folclórica Boi Garantido, que teve um de seus galpões leiloados pela
Justiça para pagar dívidas trabalhistas, o advogado Fábio Cardoso, na época
diretor jurídico do bumbá, é candidato a vice-presidente na chapa encabeçada
por Adelson Albuquerque.
A eleição do boi Garantido será no próximo domingo.
O processo contra o bumbá Garantido, movido pelo compositor
Cézar Moraes, correu na 2ª Vara da Comarca de Parintins.
Por duas vezes a juíza
Melissa Sanches oficiou o bumbá a se manifestar sobre o assunto e por duas
vezes Fábio Cardoso, diretor jurídico do boi, não compareceu às audiências nem
contestou a decisão judicial.
Por fim, o galpão foi leiloado por R$ 120 mil
(equivalente a 10% do valor real do imóvel) e arrematado por Francisco Henrique
Vasconcelos, o “Chiquinho Arigó”.
Detalhe: Chiquinho Arigó era cliente do
advogado Fábio Cardoso.
Aparentemente foi uma operação casada, em que o bumbá ficou
literalmente “vendido”: Fábio Cardoso, que devia defender o boi, perdeu os
prazos para a contestação judicial, deixando o galpão do bumbá ir a leilão,
para ser arrematado, lá na frente, por Chiquinho Arigó, cliente do próprio
advogado.
O presidente Telo Pinto acompanhou todo o processo e também não fez
nada para evitar a perda de patrimônio do boi.
Para completar, no último domingo, a Assembleia Geral da
Associação Folclórica Boi-Bumbá Garantido rejeitou as contas do presidente Telo
Pinto, por sinais inequívocos de malversação dos recursos.
O responsável pela
prestação de contas foi o advogado Fábio Cardoso, diretor jurídico da
associação.
“Se for eleito vice-presidente do boi, esse advogado é capaz de
vender a Cidade Garantido”, garante o estudante Zé Luiz, morador do Itaúnas e
torcedor do bumbá da Baixa de São José.
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