Ricardo Coiro
Se ela disse que você é “fofo”, irmão, todo cuidado é pouco!
Porque você, provavelmente, é um forte candidato a ser pego pelo “fofômetro”
(aparelho que mede os níveis de fofura no sangue dos homens).
Acha que eu estou brincando? Não costumo fazer piada com
coisa séria. Eu tenho um vizinho que, graças ao excesso de fofura na hora do
xaveco, foi condenado a 7 anos sem molhar o biscoito.
“Não se preocupe, meu quindim, quando a balada acabar eu
farei uma massagenzinha em seus pezinhos e o seu dodói vai sarar! Quer que eu
segure a sua bolsa para você não ficar cansadinha?”, foram as palavras que
bastaram para que a juíza especializada em crimes ligados à fofura batesse
forte o martelo e dissesse: “Sete anos em regime de friendzone!”. E, se quer
mesmo saber, eu acho que aplicaram uma pena justa.
Você ainda não entendeu o que levou o meu vizinho à
friendzone? Para facilitar a sua vida e ajuda-lo a evitar fofurices fora de
hora, eu montei uma analise “fofosintática” capaz de evidenciar os focos de
fofura contidos na frase que foi usada contra o meu vizinho em tribunal:
A – NA HORA DO XAVECO, NUNCA USE APELIDOS QUE CONTÉM ALTO GRAU
DE FOFURA (COMO “MEU QUINDIM”)
Um estudo realizado pela Universidade de Massachusetts
submeteu cerca de 1000 mulheres a apelidos fofos e mediu o grau de desidratação
vaginal que tais fofurices verbais conseguiram provocar nas moças.
O resultado foi impressionante e muito revelador: segundos depois
de apelidos como “meu bebê” e “minha fofula”, a maioria das vaginas das cobaias
(77%) apresentou sinais claros de secura (como rachaduras e pequenos cortes); o
restante das pererecas analisadas (33%) apresentou quadros ainda mais graves
(como grandes lábios que, de tão áridos, depois de uma pequena brisa, quebraram
feito a mais frágil fatia de Ruffles).
B – NUNCA USE DIMINUTIVOS PARA SE REFERIR A COISAS MAIORES
DO QUE UM CENTÍMETRO!
A não ser que você esteja falando com uma criança que tem menos
do que quatro anos ou que tenha que dar ordens a raças caninas que não precisam
de focinheira para passear em locais públicos e que são propensas a doenças
cardíacas, não use palavras no diminutivo.
Qual a necessidade, irmão? Mulheres não são como bebês! A
cada vez que você usa um diminutivo, na imaginação dela, o seu pênis diminui
aproximadamente cinco centímetros, ou seja, partindo do pressuposto que a sua
piroca mede 14 cm (tamanho médio das pirocas tupiniquins), depois de dizer três
diminutivos, dentro da cabeça dela, automaticamente, você se transformará em um
capado eunuco e em um ser tão afrodisíaco quanto os que possuem trancinhas nos
pelos das costas.
C – NUNCA USE LINGUAGEM INFANTIL NA HORA DE XAVECAR. E NEM NO
RESTO DAS HORAS!
Dodói? O cara estava a fim de levar a moça para cama ou de
dar papinha para ela? E o pior dos piores: uma fonte extremamente confiável que
presenciou a cena me disse que o meu vizinho altamente fofuchão mudou o tom de
voz (de Mr. Catra para Anderson Silva) e que fez um biquinho quando disse a
palavra “dodói”.
Dá pra acreditar? Se você usar linguagem infantil na hora do
xaveco, certamente, fará com que as mulheres – por precaução e para evitar
futuros choques - coloquem o seguinte lembrete ao lado do seu nome na agenda do
celular: “GRANDES CHANCES DE DIZER ‘PEGA NO MEU PIPI’ NA HORA H”.
D – ATÉ A GENTILEZA TEM LIMITES!
Ser gentil com ela é uma coisa; mostrar-se, logo de cara,
disposto a tatuar um pônei na bunda por ela, sem dúvida, é outra coisa! É óbvio
que as mulheres curtem os caras gentis, porém, se exagerar na dose, irmão, você
logo ganhará um carimbo que dá acesso ao grupo “amigões para os quais eu posso
ligar quando estiver sem companhia para ir ao shopping”.
Se apelar na gentileza e agir como um escravo, ao invés de
ser encarado como alguém capaz de dar tesão, será visto como o cara com o qual
ela pode contar quando precisar de um carregador de sacolas que não exige
gorjetas.
Mas será que ser fofo sempre é crime? Claro que não! Porém,
para ser fofo existe um momento, local e intensidade ideal. E com certeza a
fofura não é bem-vinda na hora do xaveco.
Sabe por quê? Pois estudos recentes realizados pelo CEFH
(Centro de Estudo da Fofura Humana) já comprovaram: o homem que xaveca de maneira
muito fofa tem grandes chances de dar tapas em bunda com mão de alface.
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