Danilo Barba
Uma temporada num hotel de luxo diante de um cenário
paradisíaco pode ser o escape perfeito para uma rotina entediante. Mas algumas
viagens marcam nossa vida não apenas pelas imagens que postamos nas redes
sociais, ou pelos bons negócios.
Em meio a milhões de turistas circulando em aeroportos,
alimentando pombos em praças famosas, há alguém que queremos conhecer: nós
mesmos.
Foi para isso que um dia, há quase dez anos, larguei de uma
vez só emprego, namorada e faculdade e rodei a Europa por mais de um mês com
apenas 300 euros no bolso.
Conheça os sete motivos para colocar a mochila nas costas e
encarar os males que vem para bem.
1) Seu senso de
segurança se expande
Com uma mochila pesada nas costas e sem muito dinheiro, você
provavelmente irá conhecer as opções mais exóticas (e criativas) de albergues
nos destinos que escolher. E você deve cuidar das suas coisas a todo momento.
Não só pra se prevenir de furtos e roubos, mas também para não perder itens
importantes pelos quartos e corredores, especialmente seus documentos — sem
eles, a viagem termina ali mesmo e começa a sua dor de cabeça.
2) Você aprende a
apreciar sua própria companhia
Você vai encontrar todo tipo de gente pelo caminho, e deve
aproveitar ao máximo os encontros espontâneos — eles lhe ensinarão bastante
sobre as pessoas, suas diferenças e, principalmente, seus valores. Mas esses
indivíduos vão passar. No fim das contas, você estará sempre contando consigo
mesmo, e na sua capacidade de se sentir confortável em sua própria pele.
3) As coisas boas
compensam o sacrifício
Na vida e na estrada, os aspectos negativos da jornada são
constantemente superados por momentos
incríveis! Sim, você é capaz de sobreviver sem os confortos de casa. Você irá
sonhar com banhos e camas quentes, comida caseira, e todos os mimos que só a
nossa cidade natal pode oferecer. Por outro lado, irá conhecer novas sensações
e aromas, além de situações em que será preciso transcender o que você soube
até hoje para seguir em frente. Novas línguas irão confundir a sua mente pra te
provocar a ser mais expressivo e significativo; mas só até você conseguir
movimentar o seu novo universo de referências e amizades.
4) Você descobre como
se virar sozinho
Um homem deve aprender a ser independente, e isso vai muito
além de pagar a conta do celular ou jogar trouxas de roupas na máquina de
lavar. Ao desembarcar com a grana contada e a vontade deliberada de explorar,
você inicia uma paciente prova do que é capaz de fazer em prol da sua própria
existência e crescimento — para si mesmo. Se confiamos em quem nos salva a
vida, por que deixamos de confiar em nós mesmos?
5) Adiar a sua
felicidade para o futuro é um desperdício
Um bom plano pode te poupar grandes esforços, porém nem o
melhor dos roteiros substitui um humor sadio, aquele pronto a absorver o novo.
Viajar sozinho não significa ser solitário, pois a alegria de conhecer quer ser
dividida com outras pessoas, outros viajantes e locais, com suas histórias e
alimentos recheados de cultura e energia.
6) Ninguém sabe
exatamente o que está fazendo
Nem sempre a paisagem é mais sedutora do que o ambiente à
sua volta. Ao assistir quase todos os estereótipos que você ainda conserva
caírem aos seus pés, o altruísmo e a gratidão tomam o lugar de qualquer
sentimento de culpa ou ressentimento. Todos nós estamos desenvolvendo um papel
em busca de sonhos que temos pelo caminho.
7) Desapego: uma
questão de vida ou morte
Observe o real motivo por trás daquela vontade de comprar
mais porcarias caras e se dê conta de que tudo se trata de uma necessidade de
aprovação, de um jeito ou de outro. Este sentimento de posse acaba ditando a
sua vida — te fixa numa localidade com uma casa mobiliada e governa quanto
dinheiro você precisa ganhar. Forrar um lar de bugigangas nunca enriqueceu a
vida de ninguém. Quanto menos você tiver que manter pra viver uma vida
saudável, melhor.
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