A “camisinha” terá o
mesmo efeito saudosista que o Macaco Murphy ou o Pogobol
Pra dentro e pra fora. De novo. Em suma, é assim que o sexo
funciona desde a primeira tentativa há milhões de anos. Até a experimentação
mais bizarra que você já se meteu — seja sexo grupal, podolatria ou dupla
penetração — um dia ela foi explorada por nossos ancestrais milhares de anos
atrás.
A constatação pode nos levar a pensar que plugar as mesmas
coisas nos mesmos buracos é uma constante que deverá permanecer assim até o
infinito. Mas a gente sabe que, historicamente, as pessoas têm uma capacidade
incrível em ferrar com tudo; e para essa regra não há exceção.
Descubra como a relação sexual irá mudar até 2050 a partir
de previsões feitas por especialistas no assunto.
Camisinhas serão
coisa do passado
Produzir crianças indesejadas e contrair doenças: dois
motivos pelo qual a camisinha ainda é alguma coisa nos últimos 500 anos. Ame-a
ou odeia-a, há uma razão para acreditar que durante nossas vidas sexuais a
“camisinha” terá o mesmo efeito saudosista que o Macaco Murphy ou o Pogobol.
Atualmente, existem mais de uma dúzia de métodos
farmacêuticos de contracepção masculina reversível em desenvolvimento, muitos
deles promissores. Um bom exemplo é o VasaGel, um polímero espermicida em gel
que é injetado diretamente nos vasos deferentes, dentro dos testículos. Isso
faz com que os espermatozoides sejam liberados antes de atingirem a maturidade.
O sexo vai perder o
encanto
Muita gente ainda não conhece o Japão (inclusive este que
vos fala), porém a primeira coisa que vem à cabeça quando falamos do outro lado
do mundo é que lá é o lugar em que o sol e o futuro chegam primeiro. Você pode
até imaginar que sua sexualidade está sendo testada em versão beta para o
lançamento de algum software japonês, porém a verdade é que a galera por lá já
não está mais tão interessada em transar.
Uma pesquisa realizada em 2013 pela Associação de
Planejamento Familiar do Japão (JFPA) descobriu que 45 por cento das mulheres
entre 16 e 24 anos não estavam interessadas ou desprezavam o contato sexual.
Mais de 25 por cento das entrevistadas também achavam transar algo “pouco
atraente”.
O crescente número de “herbívoros” japoneses que trocam o
namoro e o acasalamento pelas caminhada, gibis e videogames contraria a geração
anterior. Sem dúvidas uma grande mudança da geração anterior de japoneses, que
bebiam pra valer, consumiam como loucos e adoravam passar a mão na mulherada.
Num país onde o crescimento da população é negativo, a
apatia dos jovens nipônicos se tornou uma preocupação. Especialistas postularam
que a economia estagnada do Japão, combinada à grande igualdade dos sexos no
ambiente de trabalho, é o que vem fazendo homens rejeitarem a concepção de seus
pais sobre o que um homem deve ser.
Você acha que isso não pode acontecer por aqui? Pois saiba
que o papel dos homens está mudando na sociedade mais rápido do que você
imagina, revela um estudo realizado pelo Better Sleep Council do Reino Unido.
Os pesquisadores descobriram que 40 por cento dos caras preferem uma boa noite
de sono do que sexo, e que o número de transas mensais caiu de 6.2 para 4.9 em
apenas dez anos.
Você poderá fazer um
upgrade no pênis
O futuro é brilhante! Imagine só doar algumas células e
poder decidir o tamanho e a grossura do seu pênis? Cientistas de Winston-Salem
conseguiram implantar pênis criados em laboratório em coelhos. Felizmente todos
sobreviveram para mostrar que os membros criados a partir das células dos
próprios animais eram totalmente funcionais.
O objetivo do trabalho liderado por Dr. Anthony Atala é
eventualmente tratar crianças e adultos com defeitos de nascença, que sofreram
trauma ou câncer peniano, ou homens que sonham com membros maiores.
Relacionamentos de
longa distância ficarão mais fáceis e leves
Bem antes dos Teletubbies, o visionário norte-americano da
tecnologia Ted Nelson previa a existência dos Teledildônicos. A ideia estava
pelo menos uns 30 anos à frente de seu tempo, até que em 2004 apareceu o
Sinulator, dispositivo que permitia conectar uma porção de brinquedos eróticos
ao computador e controlá-los tanto da sala ao lado quanto do outro lado do
globo.
De acordo com Joran Holberg, diretor de tecnologia da
agência de publicidade TBWAChiatDay, o feedback tátil genital (estímulo tátil)
será o grande salto para os teledildônicos. “As membranas estão alcançando uma
deformação controlada em nível submilimétrico”, disse Holberg. “Algumas são
finas o bastante para vestir, como em luvas e roupas”. No mundo futurista dos
teledildônicos, teremos que nos vestir pra transar em vez de tirar a roupa.
Os amigos serão
elétricos
Enquanto os teledildônicos vivem sua infância o objetivo do
“jogo” é parear você com a parceira o máximo possível, embora mecanicamente.
Isso significa que em algum momento o segundo player terá que assumir seus
controles! E o que acontece em seguida? É aí que a gente começa a transar com
robôs, dizem especialistas.
Em 2012, Ian Yeoman e Michelle Mars, uma professora de
gestão e sexologia da Universidade de Victoria publicou um artigo chamado
“Robôs, Homens e Turismo Sexual”, que especulava sobre como seria a
prostituição em 2050. Os pesquisadores afirmaram que daqui a 34 anos, homens
terão que levantar 10 mil euros para ter acesso total a prostitutas que
acabaram de sair da linha de montagem. Os autores disseram que há três grandes
vantagens em mecanizar a profissão mais antiga do mundo.
Primeiro, porque isso eliminaria o risco de doenças
sexualmente transmissíveis entre consumidores; segundo, as parceiras de turistas
sexuais seriam mais compreensíveis quanto à infidelidade se a outra em questão
tiver um botão “Liga/Desliga”. O melhor de tudo é que, do ponto de vista
tecnológico, o tráfico sexual está condenado no futuro.
Você vai compartilhar
a transa com o mundo
Cindy Gallop é uma consultora de propaganda de 54 anos que,
nos últimos cinco, vem se dedicando a investir boa parte de sua energia criando
o MakeLoveNotPorn.tv, um site que convida qualquer pessoa a enviar vídeos
fazendo sexo. A ideia surgiu quando Gallop reparou que os caras mais novos com que
ela dormia imitavam desde a atitude até os palavrões dos filmes pornôs.
“Numa viagem romântica a Paris, por exemplo, as pessoas
postam fotos no Champs-Elysées e na Eiffel Tower — e a coisa para por aí. Eu
vejo um futuro onde os indivíduos também postam um vídeo de uma boa transa que
tiveram em Paris”, confessa a empreendedora.
Alguns acadêmicos preveem que versões similares do site de
Gallop surjam em breve. “As mudanças futuras na prática sexual irá refletir o
desaparecimento contínuo da privacidade, e o fim da maioria das distinções que
separam nossas vidas pessoal e pública”, disse o psicólogo David Ley. “Os
jovens de hoje estão documentando suas vidas no YouTube. Nas próximas décadas
esta geração entrará num mundo com pouca privacidade, poucos desejos e bem
menos vergonha a respeito das coisas que eram mantidas em segredo por seus
antepassados.”
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