Por mais que
autoestima esteja caída, assim como o pau, a coisa não pode acabar aí
Daniel Bovolento
Enquanto alguns caras morrem na praia no exato momento em
que a ereção os abandona, outros percebem que a batalha na cama está apenas
começando. Não tem papo que incomode mais um macho do que esse. É aquele terror
comparativo, aquele pânico que bate e parece pesadelo distante pros que nunca
experimentaram.
Alguns dizem que isso nunca aconteceu, outros batem pé e
suam frio dizendo que nem pensam nisso. Cá entre nós, rapazes, a maioria já
sofreu algum episódio de broxada. Daquelas feias mesmo. Não há do que se
envergonhar, a broxada atinge as camas de diversos casais pelo mundo todos os
dias. O que a gente precisa entender é que:
Não existe receita pro sexo perfeito, mas se tem algo que eu
posso recomendar é uma boa dose de paciência na gestão da crise. Se você
começar a se atracar com a guria do teu lado desesperadamente torcendo pra
levantar, ou se ela continuar os serviços com euforia de uma atriz pornô sem
nem ligar pro que tá se passando, acabou ali. Não precisa de conversa, DR ou
consulta psicológica na hora. O ideal é respirar fundo e bola pra frente, vamos
aos atos.
O grande problema da maioria dos homens é sentir-se incapaz
por não contar com seu maior aliado. E é aí que a gente erra. A gente erra por
achar que sexo é feito de penetração e por concentrar todas as nossas forças em
ereções e estocadas.
Esse erro clássico já foi Calcanhar de Aquiles pra muitos
caras. Essa galera resume suas habilidades e autoconfiança ao instrumento – e
se preocupa tanto com broxada quanto com tamanho, grossura, aspecto e tudo mais
sem nem lembrar que a medicina já vende ereções instantâneas e que qualquer ser
humano no planeta pode tê-las.
Ou seja, o diferencial de um cara hábil se encontra nas
outras coisas que ele traz pra cama, não no seu pênis. A confiança também
deveria residir nessas outras coisas e na busca pelo prazer. Garanto que 90%
dos problemas com broxadas terminariam, já que tudo tem seu ponto focal na
concentração e no psicológico abalado.
Por isso a mulherada recomenda que além de jogar buraco e
truco, você também seja um ás na arte das preliminares. Papo antigo esse, eu
sei, mas necessário. A gente chama de preliminar, mas não tem essa de que tem
que ser no comecinho de tudo. O importante é entender como isso acontece, não
quando. Conquista-se uma mulher - na vida e na cama - pela boca e pelo tato. E
o duplo sentido nisso existe justamente pra te lembrar de que uma canoa não se
faz só com pau.
Por isso, dedique-se a botar essa cara barbada no meio das
pernas dela e brincar com a tua guria. Ela vai gostar de saber que você não
parou tudo por conta própria e que sabe dar prazer de diferentes formas pra
ela. Entretenha-se e relaxe. Aos poucos você vai entender melhor de ritmo,
precisão, intensidade e tudo aquilo que achava que só dava pra sentir se
tivesse no meio da penetração.
Se já manja dos paranauê, tudo bem, boca (e mãos) à obra do
mesmo jeito. Ela vai se surpreender e achá-lo ainda mais incrível por não ter
se entregado ao problema e deixado pra lá. Quando você perceber, já vai estar
de volta ao jogo e vai ter sido tão bom quanto se tudo tivesse continuado. Ou
vai entender que existem vários modos para se chegar ao prazer a dois sem
precisar, necessariamente, ir pelo caminho mais duro.
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