Conte
qualquer coisa, até que você já pensou em transar com a irmã
dela, mas jamais confesse que vai ao puteiro
Meu
caro, assuma à sua mulher que você adora transar vestido de pônei
e que só consegue gozar quando leva petelecos sequenciais no ânus,
mas, em hipótese alguma, confesse que você já foi - mesmo que em
1966 - a um puteiro. É sério! Tal confissão queima mais o filme do
que sunga branca sem forro somada à pochete na cintura.
Conte
que você já pensou na irmã dela enquanto batia punheta, mas, por
favor, não seja louco a ponto de dizer que já esteve dentro – e
fora, e dentro, e fora, e dentro – de uma honesta e pervertida
meretriz.
Diga,
sem medo de mentir, que você não consegue sentir o mínimo tesão
pelas putas - nem mesmo por aquelas que têm pernas longas, mamilos
rosados e uma língua extremamente habilidosa.
Fale,
com cara de inconformado, que você não entende como alguém é
capaz de pagar por sexo sem beijo, troca de telefone e papo que
precede o esporro.
Finja
que você sentiu ânsia de vômito quando aquelas bundonas lindas
rebolaram em sua cara e que nem um dos seus pelos ficou ereto quando
elas - as modelos da que malham durante o dia - fizeram propostas
irrecusáveis ao pé do seu ouvido.
“Meus
amigos já até me chamaram para comer putas, mas eu preferi
experimentar escargots, meu amor!”, diga, com firmeza. Não
gagueje. Não desvie o olhar. Não trema.
Repita
comigo: “Amor, eu tenho nojo de putas!”. Mais alto: “Amor, eu
tenho nojo de putas!”.
E
se, por acaso, desgraça ou graças à língua grande de algum amigo
seu, ela já descobriu que você pisou dentro de um prostíbulo -
mesmo que muito antes de ela ter nascido -, use a mesma tática do
escorregadio Bill Clinton - que disse ter fumado maconha sem tragar
-, e fale algo como: “O que o Marquinhos disse é verdade, eu
realmente já fui a um puteiro, mas só entrei lá para beber e dar
risadas. Não comi ninguém!
Acha
mesmo que eu sou desse tipinho?”.
E
se tudo der errado, o seu passado acabar descoberto e a sua namorada
não conseguir suportar o fato de você já ter comido uma – ou
duas, caso você seja rico - puta (quando tinha dezesseis anos e
ainda era solteiro), tente a estratégia da pizza. Você ainda não
conhece a “estratégia da pizza”? Não! Em qual planeta você
vive, irmão? É uma estratégia simples que usa comparações para
fazer com que sua mulher volte a racionalizar e, com sorte, comece a
entender o motivo pelo qual os homens gostam de comer putas.
Comece
dizendo: “A puta é igual a uma pizza e o puteiro,
consequentemente, é parecidíssimo com uma pizzaria. Só que, ao
invés de pedir uma de mussarela ou uma de frango com catupiry, no
puteiro, você pode escolher entre uma
morena-baixinha-coxuda-dançante e uma
loira-longilínea-quietinha-porém-perversa. Simples assim! E alguns
puteiros são tão semelhantes às pizzarias que já começaram a
oferecer portuguesas, amor!”.
Esse
começo geralmente é chocante, mas prossiga: “Nós, homens, às
vezes só queremos matar a fome, sem nenhum trabalho ou envolvimento.
E por que não fazer isso em locais com cardápios cheios de opções?
E por mais que tenhamos capacidade de xavecar mulheres e de leva-las
para cama, algumas vezes preferimos o caminho mais objetivo e aquele
que nos dá a chance de chegar logo ao ponto. Sabemos fazer pizza,
mas, às vezes, queremos a pizza mais fácil e aquele que já chega
de bandeja!”.
Não
pare: “Eu sei que você, como muitas moças, só consegue pensar em
sexo com intimidade e que acha bizarra a nossa capacidade de começar
já perto do fim. Mas nós, homens, geralmente somos capazes de fazer
sexo sem qualquer envolvimento. Para nós, ocorre exatamente como
quando sentimos vontade de uma pizza: vamos até o local em que
existe o produto, escolhemos aquela que nos parece mais apetitosa,
comemos, pagamos a conta e voltamos para casa satisfeitos. No love,
just sex.
A
argumentação acima até pode funcionar, mas existe uma enorme
chance de ela passar alguns meses olhando para a sua cara como faz a
vegetariana que descobre que o marido, no passado, trabalhava num
matadouro. Se é que você me entende. Mas fazer o quê?
OBS:
sou, de verdade, a favor da fidelidade e da honestidade, mas não
vejo mal algum em solteiros que usam o próprio dinheiro para matar a
fome, qualquer que seja ela. E em mulheres solteiras que curtem pagar
um Frota de vez em quando.
OBS
2: se existe gente que gasta com Camaros amarelos só para conseguir
comer putas à paisana e mais falsas do que a cara que faço quando
ganho uma meia de presente, qual o problema de pagar, por sexo, e
diretamente a putas honestas e que não fingem amor? Em minha
opinião, nenhum.
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