Na última quarta feira, 12, um casal de pastoras lésbicas criou
um acampamento de barracos na porta de uma igreja neopentecostal em São Paulo e
o caso foi parar na delegacia por causa de supostas ofensas às duas mulheres.
Segundo elas, os membros da congregação começaram a olhar as
duas da cabeça aos pés, principalmente os pés.
Aí, quando perceberam o tamanho avantajado, a confusão foi
formada.
Uma das pastoras, que teria sido convidada para levar a
mensagem bíblica naquela noite, foi surpreendida, já na porta da igreja, depois
que desceu do carro com sua namorada de mãos dadas.
“O pastor da igreja já foi falando que não fez negócio
comigo, que tinha feito com uma mulher de Deus e não com o Satanás. Que ele anda
na linha e outras coisas. Achei isso um caso e fiquei de boca. Chamei logo a
polícia”, alegou Cristiana Ronalda, pastora da Igreja da Igualdade Opcional da
Salvação pelo Velcro.
O pastor Alisando Kresci não quis falar com a imprensa
O caso ainda vai ser averiguado pelo delegado Carlos
Massaranduba e pode gerar muita polêmica.
“Talvez tudo que as pastoras quisessem era apenas serem
consideradas Homens de Deus, mas preconceito e Big Mac agora se acha em
qualquer lugar do mundo”, reclamou o delegado.
“Estamos em um retrocesso. A cada dois passos que damos,
voltamos três. Por isso mesmo, é importante estar nas ruas lutando pelos direitos
e liberdade individuais”, afirmou Lionélia Messi, companheira de Cristiana
Ronalda, enquanto ajeitava a culhoneira.
Ela também disse estar desapontada com “fundamentalismos
religiosos, atitudes homofóbicas do pastor Alisando Kresci e falta de vontade
de alguns juízes em realizar uniões civis homoafetivas”.
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