MASTURBAÇÃO
– Prática esotérico-patafísica
responsável pelo crescimento de pêlos nas palmas das mãos. (Ver
Punheta.)
MATOSO,
Glauco (1951...- ) –
Pseudônimo de escritor e jornalista paulista que sofre de glaucoma.
Um mestre em anagramas, jogos de palavras, diretor do Jornal
Dobrabil, dono de um estilo irônico e mordaz, que corta rente
aos ossos dos caga-regras, Glauco Matoso infelizmente tem o mau
hábito de lamber pés de atletas, de preferência sujos e suados.
É
dele esta historinha que foi publicada no Pasquim quando eu era um
dos editores do hebdomadário que, suspeito, seja um semanário com
corcova.
Casa
burguesa no Brooklin Novo, São Paulo. O telefone toca e a mãe
atende:
–
Alô?
–
Aí é da casa do rapaz que botou um anúncio no jornal dizendo que lambia pés de atleta?
–
É daqui mesmo.
–
Posso falar com ele?
–
É pra você, Glauco, meu filho. (Glauco pega o telefone.)
–
Sou eu, o lambedor de pés a domicílio.
–
Então é verdade! Será que dava pra você dar um pulinho aqui em
casa?
–
Estás com os pés suados?
–
Estou, acabo de correr 20 quilômetros.
–
Há quanto tempo você não lava os pés?
–
Mais de uma semana.
–
Qual é o endereço?
–
Alameda Galvão Bueno, 134, ap. 1111. Você vem?
–
Já estou indo. Tem mais alguém com você aí?
–
Só o meu irmão, mas pode vir que ele é gente fina. Psicanalista.
–
Michou o papo, não vai dar pra ir.
–
Mas por quê?
–
Tenho nojo.
MEAD,
Margaret (1904- ) – Esta
americana da Filadélfia até que foi bonitinha quando jovem. Desde
pequena, porém, sempre se interessou pela vida sexual... dos macacos
e escreveu muitos livros a respeito. Sobre ela, pessoalmente, sei
muito pouco. Entra no meu ABC porque fez algumas descobertas
interessantes ao estudar os hábitos dos aborígines australianos, os
poucos que sobreviveram à sanha dos civilizados.
Ela
descobriu, por exemplo, que as tribos Arapesh e Mundugumor
praticamente não fazem diferenciação entre os sexos. As diferenças
– poucas –
entre homens e mulheres não têm relação sexual.
Noutra
tribo, os Tchimbulli, o papel dos sexos aparece trocado. Isso ocorre
devido à antiga paz, imposta pelos colonizadores britânicos, que
proibiram as guerras entre as tribos.
Graças
à paz, os guerreiros passaram a ser apenas figuras decorativas.
A
economia da sociedade depende exclusivamente das mulheres, cujo
status aumentou muito desde a paz obrigatória.
Segundo
Mead, a mulher Tchimbulli é quem negocia e decide tudo, enquanto que
o homem se tornou econômica e emocionalmente dependente.
Não
fazem outra coisa senão mexericar o dia todo.
Os
generais brasileiros, que desde o genocídio paraguaio nunca mais
guerrearam com ninguém, bem que poderiam mirar-se no exemplo dos
Tchimbulli.
MERNEPHTAH
(1340 a.C.-?) – Hoje em dia
são os judeus que não param de aporrinhar os líbios. Mas o rei
Mernephtah era pior que Sharon e Begin juntos. Em 1300 a .C., ele
retornou a Karnak, no Egito, depois de derrotar os líbios.
Com ele,
num saco imenso, trouxe mais de 13 mil paus que havia mandado cortar
dos inimigos vencidos.
Um antigo monumento em Karnak tem a lista
gravada em pedra.
Pirocas
de generais líbios: 6;
Pirocas
cortadas de soldados líbios: 6.359;
Pirocas
cortadas de soldados de Siracusa: 222;
Pirocas
cortadas de soldados etruscos: 542;
Pirocas
cortadas de soldados gregos e presenteadas ao rei: 6.111.
Hobbizinho
filho da puta este do Mernephtah.
Aliás, só quem fala deste rei é
o livro de recordes do G.L. Simons.
O
grande capador faz muita falta na praça dos Três Poderes, em
Brasília.
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