Por Edson Aran
Com o sucesso de Super-Homem e Batman, criados nos anos
1930, a década de 40 viu nascer um sem número de super-heróis como Capitão
Marvel, Mulher Maravilha e Namor, o príncipe submarino. Todos se esqueceram, no
entanto, da monumental criação do artista Jack A. Hole: The Disgusting Shitman
(no Brasil, o Incrível Bosta Humana).
O Bosta Humana era a identidade secreta do proctologista
Billy Barry (no Brasil, Beto Barroso). Uma noite, quando o médico faz um exame
retal num paciente, o consultório é atingido por um meteoro radiativo. A
energia liberada pelo objeto faz Billy se fundir com a coisa onde ele tinha
atolado a mão e o transforma no Bosta Humana (no Brasil, o Bosta Humana).
O Bosta Humana combate o crime em Pisspot City (no Brasil,
Penicópolis) com a ajuda do seu fiel companheiro Garoto Mijo (no original,
Urine Boy). Seus inimigos são o cruel cientista louco Hemos Hoyds (no Brasil,
doutor Rabo Quente) e o gangster Rootor Rooter (no Brasil, Rooto Rooter). Mas
seu mais tenaz adversário era o criminoso francês Toilette Pepper (no Brasil,
Pimenta Maledêta), que raptou e abusou várias vezes do pobre Garoto Mijo.
Apesar da genialidade de sua criação, Jack A. Hole não foi
compreendido na sua época. Primeiro ele levou a história até Harvey
Goldmanbergstein, editor da revista All Super Wow Comics Magazine, que
publicava The Refrigerador Man. Goldmanbergstein olhou e disse: “Tira essa merda
da minha mesa agora, seu fela-puta! (no original, “Take that shit off my table rigth now, you son of a
bitch!”).
Jack A. Hole
não desanimou e levou seu herói para a All Super Yahoo Comics Magazine, que
publicava The Phanton Cockroach e The Blind Third Eye Man. Mais uma vez
mandaram o A. Hole se enfiar numa caceta (no original, “To screw himself in a
gazoomba”).
Finalmente, o Bosta Humana apareceu em All Super Yupee
Comics Magazine. E todo mundo achou que o herói era uma merda. Jack A. Hole ficou
puto e decidiu morrer na miséria naquele mesmo ano.
Mas o Bosta Humano ressurgiu gloriosamente nos anos 1980
graças ao roteirista inglês Grant Moron, um fã declarado de A. Hole. Nesta nova
versão, da editora Ambitious Comics, o Bosta Humana não é um super-herói, mas
um semi-deus cósmico, Glorioso Senhor de Todos os Excrementos.
O Bosta vem à Terra ensinar sua filosofia de vida, que pode
ser resumida no seguinte mandamento: “No fim, tudo acaba virando caca.” A nova
versão misturava teorias do caos, auto-ajuda, new age, desconstrutivismo e
escatologia. Mas quando saiu o primeiro número, em 1986, todo mundo achou a
maior merda.
O Bosta Humana será, no entanto, sempre lembrado pelos seus
fãs graças ao grito de guerra inventado pelo genial Jack A. Hole: “Shiiiiit
happens!” (no Brasil, “Deeeeu merda!”)
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