LEEUWENHOEK, Antoine van
(1632-1723) – O nome pode ser
difícil para vocês pronunciarem, mas para qualquer holandês é
mais fácil que Oliveira. Pois o nosso Antônio era holandês e
fabricava microscópios.
Um dia, depois de bater uma punheta, meteu o microscópio em cima da porra e descobriu os espermatozóides, que já existiam, seus chinchorros, apenas ninguém havia posto os olhos neles.
Um dia, depois de bater uma punheta, meteu o microscópio em cima da porra e descobriu os espermatozóides, que já existiam, seus chinchorros, apenas ninguém havia posto os olhos neles.
O
que foi que o Antônio viu? Uns bichinhos que nadavam movendo a cauda
como uma serpente.
Olhem
o que o sacana escreveu: “O que eu passo a descrever não foi
obtido por nenhum modo pecaminoso, mas sim pelo excesso que a
natureza me privilegiou”.
Como
todo sujeito que enxerga mais do que seu tempo quer que ele enxergue,
o mundo científico riu das criaturinhas do Antônio. “Se houver
alguma coisa são parasitas”, disseram os intelectuais da época,
Um
cientista calabrês stronzo, aproveitando a deixa de
Leeuwenhoek, disse; “Eu vi cavalinhos minúsculos dentro do esperma
de um garanhão”.
Só
se voltaria a falar do assunto no século XIX.
LEGMAN,
Gershon (1917- ) – Sacana.
Escritor americano não especializado em folclore sexual, mas um
senhor profissional. Antes de começar a escrever sobre o assunto, me
digam onde foi que ele foi pedir emprego? Acertou quem disse “No
Instituto de Pesquisas Sexuais”, mais conhecido como “lnstituto
Kinsey”, na Universidade de Indiana. E onde foi que o sacana foi
trabalhar? Na biblioteca, é claro!
Com mais de 20 mil histórias de sacanagem devidamente arquivadas e detalhadas em micronagens, logo logo ele começou a publicar um livro atrás do outro: Love and Death, A Study in Censorship, The Horn Book, Studies in the Erotic Folklore, Rational of the Dirty Joke.
Com mais de 20 mil histórias de sacanagem devidamente arquivadas e detalhadas em micronagens, logo logo ele começou a publicar um livro atrás do outro: Love and Death, A Study in Censorship, The Horn Book, Studies in the Erotic Folklore, Rational of the Dirty Joke.
Em
1969 eu morava em Roma quando Jeffrey Gates, um amigo meu que também
pesquisa o ramo, enviou-me de New York o mais recente livro de
Legman: um estudo sobre oragenitalismo que é o trabalho mais
completo sobre tudo o que se faz e se pode fazer com sexo.
Realmente,
nada escapou ao pente-fino dele, que descobriu coisas que fariam
campeões como Sade e Jorginho Guinle corarem de vergonha.
Exemplos:
se o leitor costuma fazer amor com um pedaço de carne, a experiência
aconselha o fígado de boi fresco e levemente morno, a uma
temperatura de 30 graus. Hábito muito caro, principalmente no
Brasil.
Por
uma questão de higiene, aconselha-se que o fígado seja comido
apenas uma vez metaforicamente e nenhuma literalmente.
Outra
dica: se o amigo tem uma parceira masoquista, convém tomar cuidado e
não agir precipitadamente.
Às
vezes vale a pena passar o cinto muito levemente entre as suas coxas
ou sobre os seus mamilos por mais de uma hora, até que ela mesma
suplique um pouco mais de força.
As
vergastadas devem ir se tornando mais fortes gradativamente e sempre
a pedido da partner, Iembre-se.
Finalmente,
esta jóia: “Se o leitor possui um bigode encerado e pontudo deve
abster-se da prática do cunnilingus para evitar ferir suas
companheiras. O cunilinguista profissional não deve usar bigode e
deve manter sua língua em boas condições. Se ela estiver vermelha,
é sinal de falta de vitamina B”.
Legman,
tremendo chutador, calculou que existem 14.288.400 posições
possíveis de serem praticadas na cama entre um homem e uma mulher.
Pessoalmente,
acho que não cheguei nem perto das 5 milhões.
LESBIANISMO –
Poderia escrever um livro do tamanho do Dom Quixote sobre o
assunto, mas não quero me alongar, pois escrevo no Brasil e aqui as
peças teatro têm que ter três atores no máximo, e os livros, no
máximo trezentas páginas, porque empresários e editores têm medo
de gastar muito dinheiro.
O
lesbianismo, como os íncrevos entre vocês devem saber, é o desejo
homossexual e, evidentemente, atividade sexual entre duas mulheres.
Se
elas forem boas, pode haver cena mais bonita de se ver, mas eu
pessoalmente desconheço.
Só
é de mau gosto quando uma delas tem fartos bigodes e é metida a
jogar queda de braço nos botequins da vida, além de insistir em que
você a chame de Peixoto.
Quando
duas belas mulheres estão numa cama, o máximo que pode acontecer é
aumentar a femininidade delas.
Agora
imaginem dois homens juntos, um enfiando o pepino na bunda do outro,
que se vira e diz: “Agora me dá um beijo, Euclides".
Querem
troço mais ridículo?
O
lesbianismo, portanto, é natural pois aumenta a femiinide da
mulher.
O
homossexualismo masculino, entretanto, é um troço grotesco, pois
acaba com a masculinidade inerente ao homem.
Em
matéria de lesbianismo, minha cara cliente, temos aqui no mostruário
os sapatões, também conhecidas como açougueiros,
que embora imitem os homens gostariam de fazer abajures com as nossas
neatherlands.
Temos
também os sapatos, que se divertem quer com homens quer com
mulheres, de preferência com um homem e uma mulher, e finalmente
temos as sapatilhas. Elas são afetadamente femininas.
Concorrem com as bichas loucas e geralmente são as namoradas dos
sapatões.
O
nome lesbianismo é uma homenagem poética à ilha de Lesbos,
onde Sapho, a poetisa saphada (em verdade não sei de onde veio o
adjetivo, pois as mulheres que a Sapho comia é que deviam ser as
saphadas e não ela), produzia odes, muito boas por sinal, ao amor
entre mulheres. Lesbos,digamos, era a Pelotas feminina da
antiguidade.
Até
pouco tempo falava-se que o lesbianismo era menos comum que o
homossexualismo masculino. Mas isso foi no tempo do Relatório
Kinsey, quando as moças eram mais reservadas.
Hoje
em dia, em qualquer grande cidade do mundo, pelo menos uma mulher em
cada dez, de mais de dezoito anos, já foi pra cama com outra mulher.
É que ao contrário da baitolagem, que não consegue ficar mais de
cinco minutos sem dobrar a munheca, é bem mais difícil descobrir
uma adepta da luta aranhal.
Duas
moças podem dividir um apartamento sem acordar suspeitas
adormecidas. Já dois malandros que recebem muitas visitas dos
colegas do escritório...
Quando
levaram à rainha Vitória a lei que condenava o homossexualismo
masculino e o feminino, a gordinha ficou uma arara e com uma penada
riscou a última cláusula: “Mulheres não fazem essas coisas”. E
fim de papo. Com a palavra as moças do Pizzaiolo e do Mezzo
Fanciona, da Zona Sul do Rio.
Ainda
não se descobriu uma explicação satisfatória para essa tendência
das moças gostarem de se esfregar nas moças. Sabe-se até agora
apenas o óbvio: lésbicas ortodoxas têm mais irmãs que as
heterossexuais e tiveram graves problemas de relacionamento com os
pais.
Cientificamente
provado só um fato: as mulheres nascidas no dia 25 de julho de 1950
em Indaiá do Ratão são todas fanchonas. Não é muito, como vocês
podem ver.
Enquanto
não prescindirem de mim, louvo-lhes o bom gosto. E louvo tanto que,
sempre que solicitado a arbitrar uma luta aranhal, atendo con
gusto.
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