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terça-feira, agosto 08, 2017

ABC do Fausto Wollf (Parte 45)


MACONHA Uma erva bem mais perseguida no Brasil do que qualquer bomba, embora eu considere o uso da maconha, da marijuana e do haxixe bem mais inofensivo e agradável que o uso de explosivos. Tem, porém, muito maluco (lembram daqueles que praticavam o esporte contra a Tribuna da Imprensa, o Pasquim e o Riocentro?) que só consegue ter uma ereção ao som de uma bomba.
No México, onde é conhecida como Maria Joana, é fumada até pelas baratas, pois em vez de câncer dá barato: “La cucaracha, la cucaracha que no puede caminar/ porque no tiene, porque le falta, marijuana pra fumar”.
A maconha é o produto das folhas ressecadas de uma planta chamada canabis sativa que, quando fumada, produz a sensação de calma, paz, euforia, integração com o mundo.
O haxixe, a resina da canabis comprimida, além de ser fumada, pode ser comida.
Quem diz que a maconha não é afrodisíaca ou é ruim da cabeça ou doente do pau.
Pessoalmente, não sei de nada melhor que estar na cama peladão com a mulher amada ouvindo a terceira sinfonia de Brahms e fumando haxixe.
O ato sexual deixa de ser mecânico para se integrar no tudo ou no nada que é o cosmo.
Cada poro da pele da mulher é um mundo a ser explorado pacientemente e o tempo perde a sua dimensão real para ganhar a sua dimensão verdadeira, ocasião em que um segundo leva uma hora para passar e ainda assim achamos pouco.
Cada movimento é uma aventura e a ejaculação, caso coincida com o orgasmo da mulher, é nada menos que uma festa.
Depois aconselho pelo menos um quilo de morangos com creme, pois a maconha dá uma fome incrível e devia ser receitada para gente que não tem apetite. Comido o prato de morangos, o leitor deve voltar à prática de comer gente.
Para o pessoal que goza antes mesmo da moça tirar as calças, informo que há evidências de que a maconha retarda a ejaculação sem meio-bombar os ditos benelux.
Nos países árabes, maconha é tira-gosto e um dos contos das Mil e Uma Noites contêm esta eulogia: “O membro de Abul Faissal Hayluk permaneceu duro durante trinta dias”. Ou é chute ou a canabis que estão vendendo no Rio tem mais cavaquinho que erva.
Fumada em excesso (mais de dez cigarros por dia) pode causar psicose. Mas daí, tomada em excesso, até a água é perigosa.
Verdade verdadeira é que é menos perigosa que o álcool, o cigarro comum e qualquer droga pesada como a cocaína, a heroína e o ópio.
É mantida fora da lei no Brasil, pois isso dá muito dinheiro à polícia e aos contraventores.

MÃE “Só tem uma” como disse o guri cuja mãe pediu para ele buscar duas garrafas de Fanta Uva na geladeira. Além desta, existem outras mães. Aliás, a grande maioria das mulheres vira mãe e há pelo menos um homem que virou mãe. Trata-se do personagem do livro de Waldir Ayala, Nosso Filho Vai Ser Mãe, mas sua maternidade não foi cientificamente provada. Há, é claro, os filhos da puta, mas esses também são filhos da mãe.
As mulheres viram mães após a primeira menstruação, que geralmente ocorre depois dos onze, doze, treze anos. Há casos isolados de crianças de nove, dez anos, que deram à luz outras crianças e o recorde pertenceria a Maria Cispladez Mendoza, uma menina chilena de cinco anos que deu à luz um bebê através de uma operação cesariana.
Aos quarenta anos poucas mulheres esperam vir a ser mães, pois a menopausa (fim da fertilidade) costuma ocorrer antes dos cinquenta.
De qualquer modo, sabe-se que uma mulher de cinquenta e sete anos teve uma filha nos Estados Unidos, no Estado de Kansas.
As feministas, aliás, deveriam ser contra as mães, pois afinal são elas que educam os porcos-chauvinistas, como eu.
Toda mãe já fudeu pelo menos uma vez na vida!

MANDAME, Mary (1619-1655) Francamente, não sei por que os americanos insistem em ser tão ufanistas. Sua história é uma sucessão de cruéis cagadas. Na área sexual, por exemplo, vejam o que aconteceu com a pobre da Maryzinha Mándame.
Em 1639, uns puritanos enxeridos, de Plymouth, Massachusetts, pegaram ela dando para um Tinsin, atrás de umas moitas de buriti.
Depois de considerá-la culpada de atos sujos, o tribunal a condenou a ser chicoteada pelas ruas da cidade e de usar uma faixa no braço esquerdo permanentemente.
Assim todo mundo podia saber que ela trepara atrás da moita.
Caso ousasse sair às ruas sem a faixa, seria marcada a ferro em brasa na face.
E tudo isso porque Tinsin era um índio.

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