A cantora Cristina Buarque foi a Salvador para fazer uma apresentação e, logo no primeiro dia, meteu o pé na jaca.
Aliás, a respeito dessa expressão, é preciso esclarecer: não é jaca, a fruta, como muitos dizem, mas sim jacá.
A origem dessa denominação do pileque remonta aos tempos em que os bares tinham, na parte da frente, cestos com frutas e legumes. Era o modelo botequim-quitanda.
E era nos cestos de palhas, chamados jacás, que ficavam os produtos à venda.
Quando alguém bebia demais, ao sair, enfiava o pé no jacá.
O fato é que Cristina acordou com uma ressaca da gota serena e foi curá-la na piscina do hotel, uma piscina cercada de coqueiros.
Vendo os coqueiros, teve a ideia de tomar água de coco, um santo remédio pra ressaca.
Chamou o garçom, fez o pedido e este prontamente foi buscar o líquido curativo.
Cerca de vinte minutos depois, o garçom apareceu de mão abanando:
– Olha, não tem coco não...
– Como não tem coco? Olha aí em volta, os coqueiros estão todos carregados! – devolveu a cantora, sem esconder a irritação.
Após um suspiro e uma revirada de olhos no melhor estilo Caymmi, o garçom retrucou:
– Peça não...
A cantora teve de se contentar com uma cerveja estupidamente gelada para lavar a serpentina.
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