O diretor sueco Simon Klose passou os últimos dois anos acompanhado os três jovens que criaram o site de hospedagem de arquivos de torrent Pirate Bay. Desde então foram 200 horas de filmagem, segundo suas contas.
Para finalizar o documentário “The Pirate Bay: away from keaboard”, ele criou uma campanha na internet para arrecadar US$ 20 mil: o objetivo é contratar um editor e uma sala de edição profissionais para que se possa fazer a montagem da produção.
Em apenas três dias, mais de mil usuários do site doaram US$ 30 mil ao projeto. Segundo Klose, o valor excedente será revertido para a criação de animações e também na produção e edição do material, assim como na sua divulgação pelo mundo.
Em menos de um mês começará em Estocolmo, na Suécia, o início do julgamento do recurso que condenou, em abril de 2009, os três criadores do Pirate Bay e um investidor há um ano de prisão e a pagarem US$ 4,5 milhões de multa por crimes de propriedade intelectual – a página lista links para se baixar arquivos torrents de filmes, músicas e programas televisivos, principalmente.
As sessões judiciais também farão parte do documentário, que deverá ser lançado em 2011. Além de ser registrado com a licença de código aberto, e livre de direitos autorais, Creative Commons, o filme será distribuído gratuitamente na internet - os usuários do site já manifestaram interesse em ajudar na tradução do sueco para o inglês, espanhol, alemão, português, e assim por diante.
De acordo com Klose, o longa não será paradoxal por mostrar um site que, justamente, é acusado de acabar com a indústria do cinema. “Dizem que compartilhamento de arquivos é matar a criatividade, mas para mim a resposta é simples: não acredito nisso. Acredito em novas formas de se premiar a cultura. Essa [campanha] é uma maneira”.
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