Pesquisar este blog

quarta-feira, julho 26, 2017

ABC do Fausto Wolff (Parte 18)


EDUARDO VII (1841-1910) – Por favor, não me confundam com o Eduardo VIII, que foi rei de Inglaterra durante pouco mais de um ano e abdicou para casar-se com uma burguesona americana que sempre fez o que quis com ele. Também não me confundam com o Eduardo II, que era uma tremenda bichona e só conseguia fazer filhos na sua esposa, a rainha, se chupasse o pau do amante. Eu fui o filho mais velho da rainha Vitória e do seu marido, um alemão puritano terrível, chamado Alberto.
Aliás, Alberto foi também meu nome até que me tomei rei aos sessenta anos, por ocasião da morte da minha mãe, quando virei Eduardo.
Me chamavam de Bertie e eu odiava. Queriam que eu fosse um modelo de virtude, mas comecei a fumar muito cedo e sempre tive um apetite fenomenal. Às vezes chegava a comer vinte pratos num só dia. Afinal, para alguma coisa serve o poder!
Como não tinha nada mais sério para me preocupar, me preocupava com roupas. Apesar do barrigão, sempre fui um sujeito elegante. Segundo a gorda minha mãe, fui eu o responsável pela morte do meu pai.
É que, aos dezenove anos, quando servia no exército inglês na Irlanda, alguns colegas oficiais trouxeram para a minha cama uma bela putinha chamada Nellie Clifden, que tirou a minha virgindade. Passei a preferir mulheres à comida e à moda.
Meu pai, quando soube que eu havia pecado, morreu quase que imediatamente. Minha mãe nunca me perdoou. Passou a dormir com a camisa dele entre os braços, um retrato dele debaixo do travesseiro e um molde da mão direita dele perto da cama.
Tudo isso não a impediu de trepar com um criado escocês Brown e mais tarde com o próprio primeiro-ministro, um judeu chamado Benjamin Disraeli.
Resolveram que eu deveria casar e me casaram com a princesa Alexandra da Dinamarca. As princesas em geral são uns monstros, mas Alexandra era belíssima, tivemos cinco filhos nos seis primeiros anos e nunca deixei de amá-la.
Havia pouca coisa para fazer e devido ao meu jeitão fui transformado em guia turístico e anfitrião oficial de visitas importantes. Além disso, caçava, ganhava dinheiro nas corridas (três cavalos meus foram vencedores em Ascot e Epson) e fudia.
Aliás, esta é a razão por que estou aqui neste dicionário do príncipe Faustin von Wolffenbúttel, vulgarmente conhecido como Fausto Wolff.
O que hoje se chama jet set andava à minha volta o tempo todo e uma das vantagens de ser príncipe de Gales é que você podia comer as mulheres dos homens mais ricos, poderosos e nobres da Inglaterra (excluída minha mãe e irmãs, naturalmente), que os maridos faziam gosto.
De vez em quando, porém, eu me enchia da aristocracia e dava minhas escapadas. Nada como os balneários alemães e os hotéis de Paris para se passar fins de semana com atrizes, cantoras, cortesãs, bailarinas, mulheres da nobreza, putas, enfim.
Lembro bem de uma noite, durante um jantar em Paris, em que a famosa Cora Pearl (ver verbete) me foi servida numa bandeja apenas com um ramo de araruta na buceta.
Quando fui apresentado à Giulia Barucci, que vivia dizendo que era a maior puta da Europa, ela simplesmente deixou cair a capa que a envolvia e, naturalmente, estava pelada.
Quando fiquei muito gordo para fuder na cama (e devo ter comido mais de setecentas mulheres, quase todas casadas), passei a visitar bordéis como Le Chabanais, de Paris, onde ia disfarçado.
É claro que todos sabiam que era eu e eu sabia que eles sabiam, mas todos fingíamos muito bem. Sentava-me numa poltrona e as moças faziam fila para chupar meu pau.
Fui um bom rei, dos sessenta (a velha morreu tarde) aos sessenta e oito anos. Enquanto estive no poder a Inglaterra não entrou em guerra com ninguém.
Ah, ia esquecendo: jamais dei uma broxada. Reis que fazem amor não fazem guerra.

EINSTEIN, Albert (1879-1955) – Dizem que Marilyn Monroe chupou seu pau. Digo dizem por que tudo o que se sabe é que um dia Marilyn confidenciou a amigas, em 1954, dois anos antes de casar com Miller: “Cansei de chupar paus apenas para vencer no cinema. De hoje em diante, só chuparei os paus de homens que admiro, como Albert Einstein”.
Depois que ela morreu, descobriram entre suas coisas uma foto do cientista de língua grande (pensando naquela famosa foto, será que foi ela mesmo que chupou ele ou o contrário?) com a seguinte dedicatória: “Com respeito e amor, obrigado”. Einstein também é autor da lei da relatividade. Afirmação muito relativa, como a própria lei.

EJACULAÇÃO – Descarga seminal. Bom nome pra filme americano escroto: “Ela achava que já havia experimentado tudo menos quando afogou sob a terrível DESCARGA SEMINAL”. O mundo existe há centenas de milhões de anos, mas até algum tempo atrás havia mulheres que acreditavam que os humores (aqui entendido como líquido lubrificante) vaginais eram produto de ejaculação. Atenção, portanto: mulher não ejacula.
A maioria dos homens (até mesmo com mais de noventa anos, desde que ainda estejam interessados no assunto) pode ejacular: basta que batam uma punheta. Os mais jovens, caso queiram, conseguem ejacular uma segunda vez depois de uns dez, quinze minutos. Poucos gozam uma terceira e pouquíssimos uma quarta.
Aliás, vou aproveitar e falar do Guy de Maupassant (1850-1893), o melhor contista francês do século XIX, pois assim não terei que fazer isso quando chegar à letra “M”, letrinha esta que – desconfio – é das mais sacanas.
O autor da Bola de Sebo conseguia ficar de pau duro sem tocar nele. Bastava dar uma ordem mental, e muitos contemporâneos foram testemunhas disso.
Uma vez num bordel comeu seis mulheres em menos de uma hora e, elas confirmaram, gozou todas as vezes.
Outra vez deixou o escritor americano Henry James apavorado. Estava almoçando num restaurante em Londres quando Maupassant olhou para a mesa ao lado e viu uma mulher. Disse: “Tenho que fuder esta dona”. E fudeu.
Tinha uma força física incrível, uma amante lésbica que lhe cedia, por sua vez, as próprias amantes em surubas monumentais, cheirava éter e cocaína, fumava haxixe e morreu de sífilis.
Quando não estava nem escrevendo, nem remando, nem dormindo, estava fudendo. Orgulhava-se mais do que fazia com o pau do que com o que fazia com a pena.
Mas, voltando à ejaculação, segundo o famoso maníaco sexual Kinsey (verbete), há homens que conseguem ejacular aos oito anos de idade e outros, geralmente por inibições religiosas, que só conseguem esporrar (calma, minha senhora, é apenas um verbinho) aos vinte e quatro, e outros que sofrem de impotência ejaculatória: cuquinha tão complicada que não gozam nunca.
Quanto aos espasmos ejaculatórios (contrações do pau para a saída do líquido), podem ir de nenhum ao recorde registrado de doze numa só gozada. Isto é realidade.
Em matéria de ficção: dizem que Sansão (herói judeu que gostava de matar palestinos a golpes de caveira de burro) e Hércules (semideus grego que desde criança matava as cobras e mostrava o pau) conseguiam ejacular porra suficiente para encher um balde.
Mas isto é folclore, pois não se sabe nem se existiam baldes naqueles tempos.

Nenhum comentário: